Glaucio Ericeira / Agência Assembleia
Os deputados Magno Bacelar (PV) e Stênio Resende (PMDB) defenderam, nesta segunda-feira (21), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o paradeiro de R$ 73,5 milhões repassados à Prefeitura de São Luís pelo Governo do Estado, em março de 2009 na gestão do então governador Jackson Lago (PDT).
A CPI foi proposta pelo deputado Roberto Costa (PMDB) que, nesta segunda-feira, voltou a cobrar explicações do prefeito João Castelo (PSDB).
Além de defenderem a investigação idealizada por Costa, Bacelar e Resende criticaram o líder da Oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB), que propôs uma CPI mais ampla, que, além do Governo Jackson Lago, também investigue convênios firmados pela governadora Roseana Sarney (PMDB) com prefeituras maranhenses, a partir de 2010.
De acordo com Magno Bacelar, os convênios firmados no Governo Lago tinham a única finalidade de atender a interesses politiqueiros e muitos deles foram elaborados no “apagar das luzes”, dias antes do ex-governador ser cassado. Especificamente sobre o convênio com a Prefeitura de São Luís, Bacelar disse que a Assembleia Legislativa tem o dever de investigar a aplicação destes recursos, visto que, a administração João Castelo, além de não dar explicações sobre o paradeiro do dinheiro, não executa as obras necessárias que a capital tanto precisa.
“A administração João Castelo está totalmente inerte, parada. Ora, se a Prefeitura de São Luís possui R$ 73 milhões, fruto do convênio assinado com o Governo em 2009, porque não executa as obras que a cidade tanto precisa?”, questionou Bacelar.
“Ao propor uma outra CPI, o deputado Marcelo Tavares tem o único objetivo de desviar o foco principal, que é saber aonde estes R$ 73 milhões foram parar”, completou o deputado.
Para Stênio Resende, existe uma grande diferença entre os convênios firmados nos Governos Jackson Lago e Roseana Sarney. “No primeiro caso, os convênios foram firmados às pressas, beneficiando apenas prefeituras aliadas. Os convênios firmados pela governadora Roseana Sarney estão sendo bem executados pelas prefeituras. Viajo o Maranhão inteiro e vejo as milhares de obras que o Governo do Estado está executando em parceria com as administrações municipais. Além disso, estes recursos são fiscalizados por vários agentes públicos, inclusive técnicos do Tribunal de Contas do Estado”, afirmou.
Roberto Costa criticou, mais uma vez, a postura do prefeito João Castelo que, neste último fim-de-semana, divulgou nota oficial na qual ele não informa onde estão guardados os R$ 73,5 milhões.