Arquivo mensais:abril 2015

Relação grupo Sarney-Murad e empresas que tentam “melar” licitação da saúde

O presidente do PSDC e representante da Idac, Aragão, ao lado de Roseana Sarney

As relações entre o grupo Sarney e as duas empresas que estão por trás do boicote à licitação das OSCIPs é intrínseca. Idac e Cifet têm como representantes legais dois filiados ao PSDC, partido da coligação de Edinho Lobão nas últimas eleições. O dono da Idac é Dr. Aragão, presidente do PSDC e aliado de primeira hora de Ricardo Murad. Já o presidente da Cifet é do ex-assessor da Sinfra, Anderson Michael Costa.

Os interesses dos representantes das empresas são, na realidade, os interesses do ex-secretário Ricardo Murad. A Cifet já entrou na Justiça contra a licitação do governo. O presidente, Anderson Costa, membro do PSDC, era funcionário da secretaria estadual de Infraestrutura no governo Roseana.

Já a Idac, de Aragão, teve generosos contratos com Ricardo Murad. A empresa tinha contratos com o hospital de Carutapera e Monção. Somente para Monção, foi assinado contrato de R$ 26.460.000,00, com valor mensal de R$ 2.205.000,00 em agosto de 2013 com vigência de 12 meses.

São estas empresas de propriedade de pessoas com estreita ligação ao grupo Sarney e a Ricardo Murad que tentam melar a licitação das OSCIPs e manter privilégios a poucos. Idac e Cifet, mesmo antes do resultado, entraram com Ação contra o concurso de OSCIPs. Prova de que sabiam claramente que não teriam chance e a intenção de sua entrada no certame foi exatamente esta: “melar”.

O governo reduziu os valores dos contratos e quer DIVIDIR entre mais empresas a gestão antes dominada por ICN, Bem Viver e Idac.

Blog do Clodoaldo Corrêa

Empresa investigada por agiotagem prestou serviços em Mirinzal

Um dos mandados de busca e apreensão e o bloqueio de bens expedidos pela Justiça Estadual Justiça – por meio de decisão do desembargador Raimundo Melo – foram direcionados a empresa Pactor Construções e Empreendimento Ltda.

Conforme o blog apurou, a Pactor faturou pelo menos R$ 2 milhões em serviços prestados à Prefeitura de Mirinzal. A empresa foi contratada em outubro do ano passado, por meio da Secretaria Municipal de Educação, para a construção de uma unidade escolar de educação básica no povoado Gurutil, com apenas seis salas de aulas por mais de R$ 1 milhão.

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Prefeito Amaury destaca letra ‘A’ em logomarca da Prefeitura de Mirinzal

No mesmo dia, a construtora ganhou mais um contrato no valor de R$ 941 mil, para construção de outra unidade de ensino, no povoado de Santa Joana, zona rural do município. Os dois acordos mostram o forte indício do prefeito Amaury Santos Almeida com a quadrilha suspeita de fraudar licitações em diversas prefeituras.

OUTROS ENVOLVIDOS
Além da Pactor Construções, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na sede de outras empresas envolvidas no esquema. Entre elas estão: Turmalina Empreendimentos, Construtora Imperial, Imperador Empreendimentos, DP Locação, Tocantins Empreendimentos, Construimper, Tracon Construções, R. B. Amancio, Construservice, Rio Anil Locação, FBA Construções, Esmeralda Locações, HidroSolo Construção, Romulo C B Costa, Debora de O. Amaral, Comercial Number One e GAP Construtora.

A “Operação Imperador” é um desdobramento da “Operação Detonando”, iniciada após o assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012, que prendeu os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de mandar matar o repórter e de comandar um esquema de agiotagem em 42 prefeituras do Maranhão. Na época, a polícia descobriu que o que motivou o assassinato foi uma publicação no “Blog do Décio” referente à morte do agiota Fábio Brasil, no Piauí. Segundo a polícia, a apreensão de documentos revelou o esquema.

ROL DE APREENSÕES   
A polícia cumpriu 38 mandatos de busca e apreensão. “Nós temos ainda um rol extenso de conduções coercitivas a serem realizadas, temos um rol também numeroso de buscas e apreensões que ainda estão em andamento, elas se concentram não apenas em São Luís, mas também em alguns municípios do estado”, declarou o delegado-geral Augusto Barros.

Blog do Antonio Martins

Eliziane Gama pede convocação de Erenice Guerra na CPI da Petrobras‏

Integrante da CPI da Petrobras, a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) entrará na manhã desta terça-feira (7) com pedido de convocação da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que também integrou o Conselho Fiscal da estatal do petróleo entre 2006 e 2008.

Braço direito da presidente Dilma Rousseff, Erenice foi alertada em 2007 por um advogado da Petrobras, Claudismar Zupirolli, sobre o fato de o TCU (Tribunal de Contas da União) ter, à época, aumentado o rigor sobre a Petrobras por uso abusivo de decreto presidencial que permite gastos sem licitação.

Segundo a imprensa, o advogado enviou e-mail que, em um dos trechos da mensagem, informava à então assessora de Dilma dizendo  que havia um “voa barata” entre os gestores da Petrobras, que estavam “com medo do recrudescimento do tribunal em cima deles”, por causa das contratações sem licitação.

O alerta dado à Erenice coincide com o período citado pelo ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, como o do início da institucionalização da cobrança de propina na Petrobras. Segundo Barusco, a corrupção foi sistêmica e institucionalizada, a partir de 2004.

Além do Conselho Fiscal da Petrobras, Erenice Guerra foi consultora jurídica do ministério das Minas e Energia quando Dilma era a titular da pasta. Também foi secretária-executiva da Casa Civil, na época em que Dilma era ministra. Dilma saiu da pasta e Erenice assumiu. Guerra deixou o governo depois que seus filhos apareceram como beneficiários em esquema descoberto de tráfico de influência.

Sigilos

Caso a oitiva de Erenice Guerra seja aprovada e não satisfatória para a CPI, Eliziane Gama estuda ainda pedir a quebras dos sigilos fiscal, telefônico e fiscal da ex-ministra.

Concurso na Saúde acaba com privilégios, diz Flávio Dino

O Imparcial 

O governador Flávio Dino afirmou nesse domingo, 05, que a abertura de concurso para contratação de novas Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e Os (Organização social) vai por fim a privilégios existentes no governo passado. No processo seletivo já estão inscritas 14 Oscips e 19 Os. Atualmente, apenas três organizações prestam serviço à rede pública de saúde.

“Optamos por fazer uma seleção transparente e objetiva de novas entidades prestadoras de serviços na saúde. Nosso governo trabalha para cortar gastos abusivos ou superfaturamentos na saúde. Roubo de dinheiro publico é um grave crime. Roubar dinheiro da saúde, às custas de vidas e sofrimentos, é crime hediondo”, disse o governador Flávio Dino, ao assinalar que o concurso tem entre os objetivos melhorar a qualidade dos serviços de saúde pública prestados à população maranhense.

A realização deste concurso vai reestruturar o sistema de convênios firmado por meio de Oscips e Os para a contratação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais afins, e tornar o processo democrático, garantindo a otimização dos serviços de saúde pública.

Os serviços prestados atualmente na Secretaria de Saúde, cujos contratos foram feitos pelo governo passado, passam por auditoria, cujo relatório preliminar da Secretaria de Transparência e Controle (STC) apontou indícios de superfaturamento entre 25% e 30%.

De acordo com secretário de Transparência e Controle, Rodrigo Lago, as auditorias na saúde pública revelaram um cenário de grandes irregularidades. “As instituições responsáveis pela gestão de todas as unidades de Saúde do Maranhão foram contratadas sem licitação. Além disso, na SES os auditores do Estado detectaram superfaturamento na gestão de todas as unidades de saúde”, explicou o secretário ao traçar um panorama do modus operandi que vigorava até dezembro de 2014.

Flávio Dino lamentou as críticas ao concurso e disse que estas partem daqueles lucravam com o modelo atual. “Claro que privilegiados não querem. Eles tentarão impedir que um novo sistema de saúde nasça, para manterem antigos privilégios’, afirmou Flávio Dino.

Exatamente para sanar esses indícios de irregularidades, o governo do Estado garantiu a abertura do certame que vai assegurar que os princípios constitucionais, que regem a administração pública, serão cumpridos na realização do concurso de projetos das Oscips. “O concurso terá obediência rigorosa aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência. Não existirá mais caixa preta na saúde. Todos os processos são despolitizados, pois estamos aqui para cuidar da saúde das pessoas”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco.

FLÁVIO DINO VAI COBRAR GERAL: de quem é a responsabilidade pela fuga?

Blog do Minard

O governador Flávio Dino (PCdoB) vai se reunir nesta manhã com o secretário de Segurança, Jefferson Portela, o titular da Secretaria de Administração Penitenciária, Murilo Andrade, e dos comandantes da Polícia Militar, coronel Alves e do Batalhão de Choque, major Wellington.

Dino quer saber de quem é a responsabilidade pela ação dos bandidos em Pedrinhas que resultou no resgate de quatro presos na manhã de ontem.

O que o governador deverá ouvir é qual foi a ação de cada um desses na novela que começou com a escuta telefônica há mais de três semanas que interceptou conversas de presos que falaram sobre bando paulista vindo fazer resgate na penitenciária.

Jefferson Portela agiu em conjunto com Murilo Andrade e tentaram adivinhar qual preso seria resgatado. Com um assaltante de banco paulista, os dois secretários decidiram correr atrás de vaga em penitenciária federal para afastar o problema do Maranhão.

Claro – como já foi dito aqui no blog – essa ideia mágica de Murilo de Jefferson não deu certo. A saída foi chamar a Polícia Militar para resolver a questão.

Chamaram e o coronel Alves passou a responsabilidade direta para o comandante do Choque, major Wellington. Este, sem explicar totalmente para sua tropa o que os aguardava, decidiu DIVIDIR equipes nos prédios do Complexo de Pedrinhas para aguardar a ação dos bandidos.

Wellington, que por mais de uma vez tratou a questão como algo impossível de acontecer pelo o que lhe era passado pela SSP, disse somente aos seus subordinados que a ida para Pedrinhas era somente para garantir a tranquilidade dos agentes penitenciários.

O resultado é que o comandante do Choque mandou 10 homens seus que não foram fuzilados porque o objetivo dos bandidos era somente resgatar presos. Eles não vieram matar policiais. Se viessem, não teria encontrado qualquer dificuldade.

Mesmo com a vida em risco, os policiais reagiram e ainda tentaram evitar a ação dos bandidos.

A crise em Pedrinhas – de repercussão nacional – deverá resultar em quedas no sistema de segurança. Isso dependerá da interpretação do governador. É dessa interpretação que Dino apontará quem é o culpado pelo resgate de presos em Pedrinhas.

Secretário de saúde, ficha suja, usa cheque sem fundo para pagar dívida

Blog do Antonio Martins

O secretário municipal de saúde de Santa Quitéria, Odair José Oliveira Costa, usou dois cheques de terceiros, e sem fundos, para pagar dívida da prefeitura da cidade, em loja de peças de automóveis, no bairro da Kennedy, em São Luís.

Nas notas e nos cheques entregues no comércio constam o valor total de R$ 2.200, em cada um, com a data de 15 de outubro de 2014 e 15 de novembro de 2014. O primeiro cheque voltou em 11 e 21 de outubro; o segundo na data de 18 de novembro.

Ficha Suja

Em 2010, Odair Costa teve contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, quando esteve à frente da presidência da Câmara Municipal de Santa Quitéria. Leia mais: http://goo.gl/SiUPOE

 

Audiência na Câmara debate a importância das câmaras municipais na reforma política

A reforma política prevista em Projeto de Emenda Constitucional que tramita na Câmara Federal foi debatida, nesta segunda-feira (6), pelos vereadores de São Luís, no plenário do Legislativo Municipal. De iniciativa do vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), a audiência pública reuniu grande público, dentre políticos e membros da sociedade civil, visando fazer abordagem sobre o papel da Câmara Municipal no processo de tramitação da reforma.

Ao justificar o evento, que teve como tema “A importância da Reforma Política para o Brasil e a participação das Câmaras Municipais”, Ivaldo fez uma explanação do que vê como reforma política e declarou ser favorável a ela. “É preciso que a população participe desse debate. Se a sociedade está na rua é porque está cansada deste modelo ridículo de fazer política no Brasil. Nosso país precisa de reforma urgente”, frisou, acrescentando ser contra o financiamento privado de campanha.

Já o deputado federal Pedro Fernandes (PTB), durante sua exposição, lembrou vários fatores que hoje motivam ainda mais a reforma política. “Não dá pra comparar o Brasil que até com 470 anos da descoberta tinha apenas 90 milhões de habitantes. Hoje, 45 anos depois, o Brasil aumentou sua população em 120 milhões de pessoas. Nosso país hoje tem 212 milhões de habitantes. O certo mesmo é fazer uma reforma porque a população aumentou e o Estado brasileiro não é capaz de acompanhar o crescimento”, frisou. Ele ressaltou que esta reforma não significa que as políticas sociais vão melhorar.

Por sua vez, o presidente da OAB –MA, Mário Macieira, declarou concordar em alguns aspectos da reforma, mas acha que muita coisa deve ser mudada. “Sou a favor do fim da reeleição e a Ordem dos Advogados do Brasil defende a realização de eleições de dois em dois anos. Assim o eleitor tem tempo para avaliar um candidato. Sou contra o mandato tampão e a favor de que devemos acabar com os suplentes de senador. Quem deve assumir, em caso de licença ou falecimento, será o terceiro ou quarto colocado no pleito. É inadmissível um suplente assumir o cargo sem ser votado”, opinou o presidente da OAB-MA.

Durante o evento, 18 vereadores estiveram presentes, entre eles: Bárbara Soeiro (PMN), Estevão Aragão (SDD), Sebastião Albuquerque (DEM), Edmilson Jansen (PTC), Baliseu Barros (PSDC), Josué Pinheiro (PSDC), Gutemberg Araújo (PSDB), Professor Lisboa (PCdoB), Rose Sales (PCdoB), Pereirinha (PSL), Chico Carvalho (PSL), Beto Castro (PROS), Marquinhos (PRB), Manoel Rêgo (PTdoB), Barbosa Lages (PDT), Pedro Lucas (PTB), Osmar Filho (PSB), Eidimar (PSDB) e Ivaldo Rodrigues (PDT).

A audiência foi presidida pelo vereador Chico Carvalho, seguido de Josué Pinheiro, Pedro Lucas e Ivaldo Rodrigues. Representou o prefeito no evento o secretário de Assuntos Parlamentares, Severino Sales, e o Ministério Público do Maranhão, o promotor Emanoel José Peres Neto Guterres Souza.

Rogério Cafeteira diz que Ricardo Murad usou a SES para fazer política

Por Clodoaldo Corrêa e Leandro Miranda

Único herdeiro político do ex-senador Epitácio Cafeteira (PTB), um dos maiores nomes da política maranhense, o sobrinho Rogério Cafeteira (PSC), passou de deputado de poucas palavras da legislatura passada a líder do governo e centro dos holofotes na Assembleia Legislativa (para o bem e para o mal). No centro da discussão, Rogério concedeu entrevista exclusiva aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa, onde fala sobre a saída do grupo Sarney, o peso do nome Cafeteira e sua perspectiva de futuro político.

Cafeteira foi duro com os ex-aliados. Fez duras críticas ao ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, afirmando categoricamente que o pai da deputada Andrea Murad (PMDB) usou politicamente a SES para fazer política, inclusive, invadindo bases eleitorais de deputados aliados do governo Roseana. Para ele, o cunhado da governadora foi quem mais prejudicou a ex-governadora do Maranhão.

Rogério afirmou que a liderança de governo foi oferecida diretamente pelo governador e não era seu objetivo inicial. Ele credita às relações que construiu na Assembleia e principalmente a Marcelo Tavares (PSB) a escolha de seu nome como líder do governo. Cafeteira disse que nunca teve relações muito próximas com o governo Roseana.

 

Como é levar o legado do nome do ex-senador Epitácio Cafeteira (PTB) e quais são as suas perspectivas políticas?

Acho que me facilitou muito essa questão do nome. Foi a maior herança que eu poderia ter dele: o nome. E o aprendizado que eu tive em todo esse tempo com ele. Sempre foi uma relação de pai e filho desde muito pequeno. Sempre admirei muito o senador Cafeteira politicamente. No que diz respeito ao futuro, o sonho que eu tenho em política… Geralmente as pessoas têm o sonho de executivo, mas o sonho que tenho é de um dia ser senador e ocupar o mesmo gabinete que o Cafeteira ocupou lá. Sou uma pessoa de sorte, portanto não é uma coisa que tenho como fixação, mas pela sorte que tenho é possível que um dia eu chegue lá.

E o senhor deseja concorrer ao Senado já para a próxima eleição?

A minha preocupação maior, atualmente, é desempenhar bem o papel de liderança do governo, honrando o nome que o Cafeteira me deu. Não existe um projeto que me leve a disputar para o Senado em 2018, mas é um sonho que eu teria. O governador Flávio Dino me deu uma oportunidade que eu vou ser eternamente grato. O governador chegou com um respaldo popular muito grande, onde ele poderia ter convidado qualquer deputado estadual para ser líder do governo, e ele me deu a honra, uma oportunidade de crescer na política junto com ele. Eu poderia ter pleiteado qualquer outro espaço na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, mas acho que a oportunidade de representar o governo é única. Vejo no Flávio algumas semelhanças com a época em que o Cafeteira foi governador e isso me motiva muito.

Como foi o processo que culminou na sua escolha para a liderança do governo na Assembleia?

Sempre tive uma relação muito boa com o grupo de oposição ao governo Roseana Sarney. Tinha algumas convicções e algumas simpatias que não poderiam ser mudadas por causa de compromissos firmados anteriormente. Não ficaria bem ter mudado de lado [durante o processo eleitoral]. Tenho várias queixas do governo passado, mas não seria justo reclamar no fim do governo. Se eu tivesse que ter falado, eu deveria ter falado na época em que me senti prejudicado. Então, eu segui meu caminho e acho que construí um nome dentro da Assembleia muito fundamentado nos compromissos que assumi lá dentro. Talvez seja isso que fez com que meu nome fosse lembrado e, imagino, que por alguns colegas de parlamento, que devem ter sugerido ao governador Flávio. Sinceramente, eu não sei como foi feita essa escolha. O Marcelo [Tavares], pouco antes, tinha me questionado discretamente se eu aceitaria o posto, participar da base, mas nunca foi algo objetivo. Nesse período, pensei em fazer um bloco e atuar de forma mais independente, mas na dinâmica da política as coisas ocorreram de outra forma e eu fico muito lisonjeado, envaidecido, com o convite. É um risco que merecia ser corrido, pois o governo Flávio Dino vai marcar uma época no Maranhão.

E nesses três meses de liderança, houve algum tipo de resistência da base ao seu nome?

Dentro do grupo houve e ainda há certo ciúme, pois, NUMA análise, um deputado eleito na base de apoio do Flávio Dino pode imaginar o seguinte ‘poxa, eu estive aqui do lado, no combate, na oposição, com sacrifícios e depois da eleição vem o deputado Rogério Cafeteira, que fez campanha para o outro lado, em outro grupo político, e assume a liderança’. É natural, mas com o convívio vão me entender e aceitar cada vez mais. Para falar a verdade, entre os deputados, não sinto nenhum questionamento ou resistência. Fui acolhido de uma forma maravilhosa. Os resquícios são de alguns deputados da base da Roseana que migraram para a base do governador Flávio.

E a postura da atual oposição, como você avalia?

A oposição passada era extremamente qualificada e preparada. Neste primeiro momento, à base de oposição ao governo Flávio Dino falta se articular, falta embasamento e falta credibilidade. Eu tenho uma relação pessoal boa com a deputada Andrea Murad, mas quando você bota uma filha para defender um pai começa a questão familiar. O amor de uma filha por um pai é incondicional. Dentro de casa, na hora que a gente senta para almoçar ou tomar café, os nossos pais só contam o que eles fazem de bom. O que fazem de ruim eles não contam pra gente. Então, à oposição atual falta qualificação e falta um pouco de credibilidade. A Andrea Murad, por exemplo, bate muito na tecla da saúde, fica envaidecida quando se fala que houve uma evolução na Saúde. Eu até concordo, mas nós temos que ver a que custo teve isso. O ex-secretário Ricardo Murad foi quem mais prejudicou o governo Roseana e é quem mais vai nos dar problemas, por ter criado uma estrutura que nãos e financia, em desacordo total com as normas do governo federal. A atual oposição se baseia em factoides, amparados por um grande poder de mídia, que acabam não se sustentando por muito tempo.

Em dois dos confrontos com Andrea Murad na Assembleia Legislativa, o senhor fez relação a fatos que teriam ocorrido nas cidades de São João dos Patos e Miranda do Norte na véspera das eleições passadas. O que ocorreu nestas cidades?

O que de fato aconteceu é que o Ricardo Murad usou politicamente a Secretaria de Saúde do Maranhão para invadir bases eleitorais de vários candidatos a deputados da base do governo anterior. Atacou os companheiros. Quando eu falei de São João dos Patos, é porque foi desta forma que a deputada Andrea foi lá. Ele usou a estrutura da Secretaria de Saúde, através de convênios, para levar a Andrea a ser votada lá. Em Miranda, igualmente. A Andrea, levianamente, sugeriu da tribuna que eu tinha mandado recursos pra lá e não fui votado. Ao contrário, eu fui votado duas vezes lá. Eu não tive a quantidade de votos da deputada Andrea por não ter um pai secretário. Basta comparar a quantidade de recursos mandados por ele e por mim. Este fator determinou a votação. Dei, inclusive o exemplo de Passagem Franca, onde tive quatro mil votos na eleição de 2010 contra 89 do pleito passado. Essa questão da deputada Andreia é isso: foi usada a máquina da Secretaria de Saúde para fazer campanha e tomar as bases dos seus companheiros, tanto que o deputado Hélio Soares não é hoje deputado por causa do Ricardo Murad, que tomou várias das bases dele.

Houve algum tipo de retaliação após a sua decisão de romper com o grupo Sarney e integrar a base do governo Flávio?

Não! Essa cobrança não seria justa com nenhum deputado que deu sustentação à base da ex-governadora Roseana. Nenhum! Um exemplo é o Roberto Costa, que tinha grande proximidade e influência, participando do governo. A ex-governadora encerrou a carreira política dela. No momento em que fez isso, ela desobrigou a todos que faziam parte da base de ter que seguir num projeto que não existe. Qual o projeto que o grupo Sarney tem de poder hoje? O grupo está sem liderança, não tem nome para a disputa pela Prefeitura de São Luís; não tem nomes para a disputa pelo Governo, para as duas vagas de senador daqui a quatro anos. A Roseana encerrou o ciclo do grupo Sarney no Maranhão, deixando cada um livre para procurar o seu caminho. Os caminhos hoje são dois: aderir ao grupo do Flávio ou construir uma nova via, que é difícil quando não há uma liderança para conduzir este processo. A própria oposição na Assembleia é acéfala. Eles não se entendem pela falta de um projeto.

E os seus planos para o PSC?

Há dez dias eu tive em Brasília para conversar sobre uma nova composição de forças dentro do PSC. Não é correto eu e o deputado Léo Cunha termos mandato, mas não termos nenhuma ascendência dentro do partido. Nós estamos trabalhando uma nova composição. Eu só aceito uma composição dentro do PSC com a garantia de que continuaremos dentro da base do governo Flávio Dino nos próximos quatro anos. Outro tipo de composição é impensável…

E as suas perspectivas em relação ao novo momento da política maranhense?

O governo começou com uma pauta extremamente favorável, positiva, como a questão do Mais IDH, CHN Jovem, cortes milionários de custeio, combate à corrupção, transparência, valorização dos servidores públicos, contratação de novos policiais etc. Mas o que vejo de mais positivo no novo governo é a força de trabalho, a competência e o fato dele estar bem intencionado. E o que vejo no Flávio é a vontade de fazer o Maranhão avançar, superar deficiências históricas, possibilitando, assim uma guinada na vida da nossa gente. O Mais IDH não vai mudar a realidade, apenas, do cidadão que mora nos municípios mais pobres. Vai mudar a nossa vida, pois quando você sai do Maranhão, desembarca em outro estado e pega um taxi no aeroporto, quando fala que é do Maranhão, ouve os piores dos comentários. Daqui a dois anos, eu tenho convicção disso, quando sair o ranking do IDH, o Maranhão vai ter melhorado, influenciando na autoestima de todos nós.

Gaeco e Polícia Civil confirmam Soliney Silva entre os envolvidos com agiotagem no MA

Atual 7

Um lista conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público (MP) Estadual e da Delegacia Geral de Polícia Civil, que serviu como base para a reabertura do inquérito que levou à prisão a ex-prefeita de Dom Pedro, Maria Arlene Barros, e o seu filho, Eduardo DP, confirma a inclusão do prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva (PRTB), entre osinvestigados por participação da rede criminosa de agiotagem no Maranhão.

Embora a lista não identifique os nomes dos 41 prefeitos e ex-prefeitos envolvidos no esquema que escamoteava verbas da educação e da saúde, as investigações da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) se concentram unicamente no período de 2009 a 2012, ano em que Soliney já comandava o município.

Desde o início da Operação Imperador, deflagrada no final de março deste ano e que incluiu o nome de mais uma prefeitura da máfia da agiotagem, o prefeito de Coelho Neto tenta se valer de uma certidão emitida em maio de 2013, que teria sido dada pela própria Delegacia Geral de Polícia Civil, mas em atendimento a uma solicitação protocolar, apenas para não atrapalhar as investigações, que correm em sigilo.

Soliney Silva e outros 41 gestores tiveram seus sigilos bancários e fiscais quebrados pela Justiça, e podem, ao final do inquérito, responder por crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção ativa e passiva.

Além de prefeitos e ex-prefeitos, as investigações da Seic também apuram o envolvimento de empresários, nomeados pelo governador Flávio Dino (PCdoB), deputados estaduais e vereadores de São Luís na máfia da agiotagem.

Des. Guerreiro Júnior celebra a Páscoa no TRE destacando importância da união

Blog do Minard

Membros da Corte, servidores, estagiários, jovens aprendizes e terceirizados participaram  da confraternização de Páscoa promovida pela presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.

“Nosso objetivo é construir um Tribunal melhor, mais harmônico, muito mais coeso, onde as portas da presidência estão abertas para consultas e resolução de eventuais problemas”, destacou o desembargador Guerreiro Júnior (presidente).

Em seguida, os desembargadores eleitorais José Eulálio Figueiredo de Almeida e Alice de Sousa Rocha ratificaram as palavras do presidente, citando a páscoa como um momento de reflexão sobre a ressurreição de Jesus Cristo.

A confraternização contou com a apresentação do tenor Alessandro Batista, da pianista Angélica Marques e do Coral São João, regido pelo maestro Fernando Moucherek, que reforçaram a religiosidade dessa data através de músicas e orações.

Sorteios

Como parte da programação, vários brindes doados pelo Grupo Mateus e até coelhos de estimação foram sorteados.