A deputada Graça Paz (PSL) comoveu hoje os colegas de parlamento ao relatar na tribuna o caso envolvendo uma grávida, em Governador Luiz Rocha, que perdeu a criança por que, no hospital da cidade, não havia médico para atendê-la, e os auxiliares não se dignaram a transferi-la para um hospital regional.

– O médico que deveria estar de plantão era exatamente o gestor do município [Francisco Feitosa da Silva], que, além de médico, é prefeito e também trabalha no Hospital municipal e não estava na cidade. E não designou nenhum médico para que ficasse naquele dia no seu lugar. Se tivesse ficado um médico, ele iria detectar que essa senhora não poderia ter esse parto normal e, durante a noite inteira, teria procurado um lugar como Presidente Dutra que não estava tão distante, ou outro município onde pudesse ser atendida. E a criança faleceu –lamentou a deputada, que tinha fotos da criança morta em um aplicativo de celular.

Segundo Graça Paz, a parturiente chegou ao hospital na noite de terça-feira antes do feriadão, e o parto só ocorreu às 8h de quarta-feira.

– Uma criança que estava sendo esperada, com maior amor, com maior carinho. Uma gravidez perfeitamente normal, com todos exames em dia, ultrassom… e quando a mãe sentiu a dor, foi procurar o hospital, foi recebida apenas por uma parteira já idosa, um técnico de enfermagem e não tinha um médico. Portanto, a noite inteira esta senhora sofrendo e eles arrancando a criança porque não tinha um médico para fazer intervenção cirúrgica. E quando a criança nasceu cheia de hematomas – e eu tenho a foto aqui para quem quiser ver – uma criança linda, perfeita, que não resistiu e nasceu já morta de tanto ser forçada, de tanto ser maltratada, de tanto ser machucada – contou Graça.

O discurso de Graça Paz chamou atenção dos colegas Júnior Vrde (PRB), Nina Melo (PMDB), Fernando Furtado (PSB) e Levi Pontes (PTdoB), que também lamentaram o ocorrido.

A deputada vai apresentar Requerimento à Casa, pedindo investigação sobre o que, de fato, ocorreu no hospital de Governador Luiz Rocha.

Blog do Marco D’Eça