Na manhã de ontem,03, durante a sabatina promovida pela Câmara de Vereadores de São Luís, Flávio Dino, candidato do PCdoB ao governo do Maranhão, teve sua coerência questionada pelo vereador Fábio Câmara (PMDB), líder da oposição na Casa.
Dirigindo-se a Dino, Câmara questionou a “renovação política” defendida pelo comunista, que exclui da campanha o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC). Ao mesmo tempo, afirmou o peemedebista, Flávio lutou até os últimos dias para ter o apoio do PSDB, do ex-prefeito João Castelo, que até 2012 não representava a ‘mudança’:
— Esse tipo de posicionamento político não precisa de uma boa dose de coerência? — questionou Fábio.
SARNEY LEMBRADO
O líder do PMDB na Câmara Municipal também questionou Flavio Dino sobre um dos programas de televisão do comunista que faz criticas ao presidente José Sarney (PMDB). No guia eleitoral o comunista usa uma inserção para dizer que o senador apoiou a ditadura, quando os militares mandavam; depois passou apoiar a democracia, ficando sempre do lado de quem comandava o Brasil, a exemplo de Tancredo, Itamar, FHC , Lula e Dilma.
— Quer dizer que o posicionamento do senador [José] Sarney foi incoerente? Não posso crer que homens como Tancredo, Itamar, Fernando Henrique e Lula representaram a velha política.
Fábio perguntou qual seria a “renovação” pregada por Flavio, e se não lhe faltava coerência, na medida em que o candidato critica os partidos “tradicionais”, mas seu partido forma alianças com siglas de lideranças que sempre estiveram ao lado do grupo que hoje ele critica.
— A nível nacional, Flávio [Dino] esteve com a presidente Dilma (PT), inclusive, fez parte do governo, assumindo a presidência da Embratur onde, segundo os jornais deixou um rombo de R$ 90 milhões. Traiu a Dilma com Aécio. Depois flertou com Eduardo. Agora tenta o apoio de Marina. A nível estadual, causou grande espanto no meio político a aliança de Flávio [Dino] com o ex-prefeito João Castelo que, inclusive, foi processado pelo comunista. Isso é coerência? — questionou Câmara, ao encerrar a sua participação na sabatina, deixando o candidato do PCdoB extremamente constrangido.