O secretário de Saúde e deputado licenciado Ricardo Murad (PMDB) é o principal entusiasta e articulador da pré-candidatura do vice-governador Washington Oliveira (PT) a prefeito de São Luís. E será dele a responsabilidade de fazer com que o nome do petista decole. Para isso, Murad planeja usar a mesma estratégia de 2010. Mas não será tarefa fácil, uma vez que o prefeito tem nas mãos exatamente o que Murad precisa, os vereadores.
Apesar dos menos três pontos percentuais na última pesquisa Escutec, Murad acredita na recuperação de seu candidato e aposta suas fichas na mesma receita usada na campanha para governador, em 2010, que resultou na vitória de Roseana, quando obteve em São Luís mais de 40 por cento dos votos.
Vencer na capital sempre foi um desafio nas campanhas de Roseana e aquela vitória de 2010 pode ser creditada justamente a Ricardo Murad. Foi ele quem mapeou a grande Ilha e reuniu vereadores- donos dos votos na capital- e montou a estratégia vitoriosa.
A casa de show Batuque Brasil, na Cohama, era o quartel general da campanha de Roseana. Todos os dias eram recrutadas centenas de pessoas. Aos milhares, o objetivo era tomar conta dos bairros, ruas, praças, retornos da capital e até as praias.
A ordem era inundar a cidade de 15 e passar a ideia para a população de que a cidade respirava a campanha de Roseana, enquanto os outros não existiam. E claro, tudo pago, exatamente como a dos outros candidatos.
Ricardo Murad tem tudo mapeado, cada rua, cada bairro e sabe onde e como buscar cada voto. Quando tudo isso vai custar? Eu não sei, mas a maquina do governo tem as condições de fazer tudo de novo, agora em favor de Washington Oliveira.
Outro lado
Contudo, o plano de Murad esbarra no fato de que esses mesmos vereadores que estiveram com Roseana, hoje mantem uma estrutura grande dentro da prefeitura e estão comprometidos até a alma com o prefeito João Castelo. Cobrir essas benesses é tarefa quase impossível.
Resta saber se comandante Washington será tão ruim a ponto de não merecer tamanha estrutura. Afinal de contas, ninguém quer “queimar vela com defunto ruim”.