Polícia vai ampliar investigação sobre agiotagem no caso Décio Sá

O Imparcial 

“O ‘Caso Décio’ já está elucidado. Vamos nos debruçar sobre os desdobramentos e descobertas que surgiram deste caso”, sacramentou o superintendente de Polícia Civil da Capital (SPCC), delegado Sebastião Uchôa. O delegado se refere ao crime de agiotagem envolvendo empresários e prefeituras, cuja investigação foi suscitada durante a apuração do caso de assassinato do jornalista Décio Sá. Em cumprimento de mandado de busca e apreensão, a polícia tem em mãos computadores, documentos e vários cheques de prefeituras, material que ainda passará por análise de peritos para verificar a autenticidade.

“Não há como declinarmos nomes de gestores ou dos municípios, pois podem se tratar de documentos falsos”, explicou Uchôa.
Sem dizer a quantidade de documentos apreendidos supostamente envolvendo prefeituras, o delegado reiterou “serem em grande e relevante número”. Em caso da perícia constatar serem verdadeiros os documentos referentes às prefeituras, estas serão automaticamente vinculadas ao crime de agiotagem e será comprovada a relação com os detidos. O prazo para perícia de documentos é de pelo menos 30 dias, seguindo o inquérito em andamento. Uchôa explica se tratar de série de material a ser periciado e que não há ordem estabelecida para o trabalho. Por se tratar de grande volume de documentos e equipamentos a serem periciados, a polícia pretende que seja realizado trabalho minucioso a fim de que não restem dúvidas.

Quanto a caminhonete apreendida durante ação policial e que pertenceria à filha de deputado, Uchôa explicou que pode não haver ligação com o caso. O veículo foi apreendido por estar no local onde foi feita a busca, diz o delegado. “Ali poderia ser encontrado algum elemento, algum objeto de ligação com o crime, por isso, o veículo também foi apreendido”, disse o delegado. E esclarece que o mandado de busca é para arrecadar possíveis objetos que tenham relação como crime investigado.

Todo o material foi enviado ao Instituto de Criminalística (Icrim) para perícia. Uchôa reiterou que as investigações continuam em segredo de justiça e que informações repassadas sem certeza comprovada nos autos poderiam atrapalhar a apuração. “Não vamos cometer leviandade. A investigação vai prosseguir obedecendo ao segredo de justiça decretado pelo secretário de segurança e prezando pela apuração responsável”, ressaltou o delegado.

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