Integrantes do partido entregam secretarias que ocupavam na administração municipal para fortalecer projeto de candidatura própria defendida pela direção nacional.

O PPS rompeu definitivamente com o prefeito João Castelo (PSDB). O secretário municipal de Assuntos Metropolitano, Othelino Neto, entregou ontem o cargo. O partido entregou os vários cargos que ocupava na administraçãomunicipal como forma de se fortalecer a pré-candidatura da deputada estadual Eliziane Gama (PPS).

Com a saída de Othelino do cargo, o PPS fica definitivamente fora do projeto do prefeito João Castelo (PSDB). A saída do secretário foi uma solicitação do presidente do diretório estadual da legenda, Paulo Matos. Outros membros da legenda deixaram a administração, como a professora Miosótis Lúcio, que era assessora técnica do gabinete do prefeito.
A deputada estadual e pré-candidata a prefeita de São Luís, Eliziane Gama, afirmou que a atitude dos membros de seu partido de deixar o governo consolida a união da legenda em torno da candidatura própria. “O fato de Othelino Neto entregar o cargo soma para o projeto e consolida o que temos pregado. Formar uma candidatura forte coesa para 2012. A decisão consolida esta bandeira que temos pregado. O gesto dele acaba com todo tipo de incompatibilidade dentro da legenda”, afirmou.

Eliziane Gama não confirma, mas também não desmentiu que poderá se licenciar do mandado, abrindo vaga para o primeiro suplemente da coligação, o ex-secretário municipal Othelino Neto. “Essa discussão pode acontecer, mas ainda não ocorreu. Primeiramente precisamos entender como juridicamente eu sairia. Eu tenho saúde de ferro (brincou). Ainda não há conversa nesse sentido, mas não há indisposição de minha parte”, afirmou a deputada, tendo em vista que precisaria se licenciar por mais de 120 dias para abrir vaga para o suplente.

O assessor jurídico da Assembleia, advogado Carlos Eduardo Lula, esclareceu que não é permitido ao deputado a licença para assuntos particulares por mais de 120 dias, justamente para evitar negociação do mandato. Segundo Lula, na maioria das vezes os parlamentares acabam encontrando uma licença médica para abrir a vaga para o suplente.
Os casos de licença permitidos na Assembleia são: Desempenhar missão temporária de caráter diplomático ou cultural, tratamento de saúde, investidura em outros cargos e acompanhamento de cônjuge.

O imparcial.com