Caixa eletrônico do Banco do Brasil é dinamitado em Bacabeira

Três horas da manhã de primeiro de março em Bacabeira. Um estrondo rompe a madrugada acordando, de sobressalto, a vizinhança das dependências da Escola Técnica de Bacabeira – ETECBA. Atordoadas, as pessoas que ouviram o barulho inicialmente não o associaram com o que de fato ocorrera. Ao invés disso, pensaram tratar-se de coisas como o estouro do pneu de alguma carreta.

Apenas minutos depois, começaram as constatações em torno da ocorrência de um assalto. De fato, nas dependências do prédio da ETECBA, fica localizado um caixa eletrônico do Banco do Brasil. O grande barulho foi, na verdade, o resultado da detonação de uma carga explosiva que destruiu o equipamento, deixando-o em inúmeros pedaços. Cédulas de R$ 100,00 ainda estavam espalhadas pelo chão, misturadas aos destroços.

O major José Roberto Moreira Filho, comandante da 7ª Companhia Independente da PMMA, relatou as conclusões das apurações iniciais do ocorrido: “Tomamos conhecimento desse arrombamento por volta das três e meia da manhã e, de imediato, viemos checar o local e aqui no local foi constatado o fato. Nos nossos primeiros levantamentos, foram duas pessoas que chegaram aqui a pé e, em questão de segundos, desligaram o alarme, adentraram o caixa, o dinamitaram e saíram daqui correndo com uma sacola na mão. Uma terceira pessoa aguardava em um veículo, próxima a agência dos correios.”

Segundo o major, devido à forma como o crime foi elaborado, incluindo o desarme do sistema de alarme e a aquisição e o uso de explosivos de alto poder de detonação, existe a possibilidade de que se tratem de criminosos especializados de fora do Estado do Maranhão.

“Nesse exato momento uma equipe do DEIC (Delegacia de Investigações Criminais) está ouvindo três elementos suspeitos de serem os responsáveis por esse assalto. Estamos aguardando uma equipe do ICRIM (Instituto de Criminalística) para fazer a perícia e para colher maiores informações sobre o modus operandi dos meliantes,” declarou o Delegado Davi Félix, da Delegacia Regional de Bacabeira. Para ele, existem testemunhas que podem ajudar a elucidar o fato, inclusive identificando o veículo utilizado na fuga, mas elas ainda estão receosas de se pronunciar.

Até o momento desta reportagem, ainda não havia sido estimada a quantia total subtraída do caixa detonado. Segundo o funcionário do Banco, Rodrigo Siqueira, presente no local, primeiro será feita uma perícia e, depois, uma avaliação para averiguar quanto restou e quanto foi levado. “Já havia ocorrido uma tentativa de arrombamento aqui, mas não dessa magnitude,” disse ainda Siqueira, impressionado com o estado em que ficou o equipamento.

Existem dificuldades adicionais para a identificação dos envolvidos. Na avaliação de alguns investigadores o terminal fica em um lugar sem muito movimento durante a madrugada; além disso, o disco rígido onde estariam as imagens, e que fica dentro do equipamento, teria sido destruído com a explosão.

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