Parlamentares falam sobre as comemorações do Dia do Jornalista

O Dia do Jornalista, comemorado no dia 7 de abril, foi lembrado nesta data, na tribuna da Assembleia Legislativa, pela deputada Gardênia Castelo (PSDB). “Ao congratular-me com estes vigilantes da democracia, incorporo meu sentimento à causa dos 110 mil jornalistas do Brasil que, juntamente com suas entidades de classe, travam uma batalha sem fronteiras em busca do restabelecimento da exigência do diploma como requisito básico para o exercício da profissão”.

 Na avaliação de Gardênia Castelo, abolir a exigência de diploma de Jornalismo é o mesmo que usurpar um direito conquistado há 64 anos, desde a criação do primeiro curso de jornalismo do país. “Só interessa mesmo àqueles que desejam subjugar a categoria para deixá-la frágil, insegura, dispersa e mercantilizada”, declarou.

 Para Gardênia Castelo, com esta posição, a grande derrotada é a democracia brasileira, considerando que a função básica do jornalismo é informar a sociedade, “criando influência no seu metabolismo para que a sociedade possa interpretar a realidade factual e assim entender o comportamento e os valores sócios culturais vigentes”.

 Ela acrescentou que estas condições exigem do comunicador uma formação profissional especifica, com elementos “técnicos, teóricos, éticos e morais”.

 APARTES

 Durante o seu pronunciamento, Gardênia Castelo também fez uma homenagem à deputada Eliziane Gama, jornalista por formação, afirmando que a colega de parlamento “presta um grande serviço à Assembleia Legislativa, com seriedade, garra e determinação”.

 Em aparte, a deputada Eliziane Gama ressaltou que a questão da exigência do diploma de Jornalismo voltará à discussão, dessa vez por iniciativa do Congresso Nacional, lembrando que a decisão que tornou o diploma de Jornalismo sem efeito partiu do Supremo Tribunal Federal (STF).

 Eliziane Gama criticou o fundamento adotado pelo STF, que apontou a exigência do diploma como um fruto da Ditadura Militar, que queria cercear a liberdade de expressão.

 Para ela, a realidade não reproduz a suposição de cerceamento à liberdade de expressão. “Nós não temos nenhum registro de que um comunicador, na sua formação, seja minimamente responsável por alguma atitude que venha a burlar ou limitar a liberdade de expressão”.

 Segundo a deputada, a prática nas academias hoje é exatamente o contrário, é pela defesa da ampliação dos direitos assegurados ao longo das últimas décadas.
Agência Assembleia

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