Eliziane pergunta se Hage sofreu pressão para esconder investigação

Integrante da CPI da Petrobras na Câmara, a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA), questionou nesta terça-feira (7) o ex-ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, se houve pressão do governo federal para que o órgão escondesse informações sobre denúncias no âmbito do Lava Jato que pudessem comprometer a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Hage foi convocado pela CPI e respondeu a perguntas dos parlamentares sobre a acusação feita pelo advogado Jonathan Taylor, que durante nove anos trabalhou na SBM, empresa que alugava plataformas de perfuração à Petrobras.

Em depoimento à CPI da Petrobras, prestado em Londres, em maio passado, Taylor disse que a SBM pode ter feito pagamentos de mais de US$ 92 milhões em propina em troca de contratos com a estatal entre 2003 e 2011. E que estas informações foram repassadas por ele à CGU em agosto de 2014.

A abertura de um processo pela Controladoria para apurar o caso só ocorreu depois do segundo turno da eleição presidencial, no dia 12 de novembro.

“O senhor sofreu pressão como chefe da controladoria? Houve uma intervenção política na CGU, comandada por vossa senhoria”, perguntou a parlamentar do PPS.

Hage negou que houvesse qualquer interferência política no trabalho da CGU para supostamente beneficiar Dilma.

Eliziane Gama citou episódios recentes em que o partido de Dilma tem pressionado integrantes do governo a fim de atrapalhar as investigações no âmbito da Lava Jato. A cúpula do Partido dos Trabalhadores está incomodada com a atuação da Polícia Federal no caso do petrolão.

“Há fatos novos, trazidos pelos jornais, de que o PT estaria cobrando informações do diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, que de forma independente tem se posicionado nesta investigação. O mesmo teria ocorrido com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo”, acrescentou a parlamentar maranhense.

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