O futuro dos governistas mais uma vez nas mãos de Roseana…

A base governista sonha acordada com a eleição da mesa diretora agora em dezembro por conta da saída de Roseana Sarney do governo. Esses deputados sabem que essa eleição é imprescindível para que a partir de 2015 tenham alguma força diante do governo Flávio Dino.

Mas para isso acontecer, Roseana precisa deixar o governo. Até agora isso é uma incógnita, uma vez que ela já anunciou duas datas para sua saída, além de já ter lançado dúvida sobre tal decisão.

Desde quando circulou as notícias sobre sua renúncia que as atenções da Assembleia se voltaram para uma possível eleição da mesa. O presidente Arnaldo Melo assumiria o governo, havendo assim a necessidade de duas eleições, a primeira para governador, convocada pela Assembleia, e a segunda para escolha do novo presidente do Legislativo.

Durante a sessão de ontem, a deputada Cleide Coutinho, mulher do ex-prefeito de Caxias Humberto Coutinho – candidato do futuro governo e favorito para próximo presidente da Casa – demostrou certa preocupação e criticou as articulações dos adversários e insinuou que o atual presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB) está “torcendo” para que a governadora Roseana Sarney (PMDB) saia do governo.

E a deputada tem razão para estar preocupada. Está em curso na Assembleia uma articulação para forçar a eleição da mesa. Trata-se de um arrumadinho em forma de projeto de lei de autoria do deputado Alexandre Almeida.   Segundo o projeto, o presidente Arnaldo Melo assumiria o cargo de governador sem a necessidade de eleição.

Arnaldo Melo reagiu ao discurso da deputada Cleide Coutinho e garantiu que, caso haja renúncia da governadora, ele apenas pedirá licença do cargo de presidente e que não terá direito à aposentadoria de governador.

Em seguida, foi a vez do deputado Marcelo Tavares reforçar a tese de que a base governista se movimenta sim para forçar a posse de Arnaldo Melo no governo e consequentemente uma eleição relâmpago na Assembleia. Tavares explicou ainda a diferença entre substituição e sucessão.

Para suceder Roseana, Arnaldo Melo precisaria renunciar ao cargo de deputado já que não se pode acumular dois cargos. E ela da mesma forma teria que renunciar ao cargo de governadora. Caso Roseana apenas se afaste Arnaldo não poderia renunciar, uma vez que deixaria de ser presidente da Assembleia.

Diante de tanta confusão, não será novidade caso a governadora desista de deixar o governo dia 05 de dezembro como já antecipou e deixe para Arnaldo Melo apenas a função de passar a faixa para o governador eleito Flávio Dino, enterrando assim, a possibilidade da base aliada eleger um presidente que lhes servisse de salvador da pátria.

É o futuro dos governistas mais uma vez nas mãos de Roseana…

 

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