A primeira comemoração da vitória nas urnas em Caxias não representa apenas um agradecimento aos eleitores e lideranças que apoiaram Flávio Dino. Se fosse assim, o comunista iria primeiro em Imperatriz onde alcançou 84% dos votos.
A ida àquela cidade foi o primeiro sinal de que o governador eleito não apenas prestigiou o líder político Humberto Coutinho, mas deixou claro quem é seu candidato à presidência da Assembleia Legislativa.
Coutinho foi o grande responsável pela primeira eleição de Flávio Dino para a Câmara Federal na sua região. Alem disso, já foi deputado estadual por vários mandatos e tem bom trânsito na situação e oposição.
O governo tem 26 deputados, entre os eleitos e reeleitos. São eles: Josimar do Maranhãozinho, Ana do Gás, Andréa Murad, Antônio Pereira, Roberto Costa, Edilázio Júnior, Nina Melo, Léo Cunha, Max Barros, Adriano Sarney, Sousa Neto, Eduardo Braide, Carlinhos Florêncio, Stênio Resende, Zé Inácio, Ricardo Rios, Rogério Cafeteira, César Pires, Alexandre Almeida, Paulo Neto, Vinícius Louro, Júnior Verde, Graça Paz, Fábio Braga, Hemetério Weba e Rigo Teles.
A oposição tem 16. São eles: Glalber Cutrim, Edson Araújo, Bira do Pindaré, Neto Evangelista, Fábio Macedo, Raimundo Cutrim, Valéria Macedo, Edivaldo Holanda, Marco Aurélio, Sérgio Frota, Othelino Neto, Francisca Primo, Wellington do Curso, Levi Pontes, Cabo Campos e Humberto Coutinho.
Numericamente a bancada governista poderia fazer o próximo presidente do Legislativo maranhense e até peitar o governador eleito, a exemplo da derrota imposta a Roseana com seu candidato Ricardo Murad que foi obrigado a renunciar.
Mas Flávio Dino terá ao seu favor duas peças importantes: dos 26 ao menos 8 estavam prontos para pular de barco nas últimas duas semanas que antecederam a sua vitória e o respeito e confiança que tem Humberto Coutinho junto aos seus pares que o tornam um nome leve e fácil de ser trabalhado.
Se tem uma coisa que deve mudar na política brasileira é essa situação política de situação e oposição. Quem vai eleito por uma Coligação Governista deve ser governista até o final do mandato. Assim também ser em relação a Oposição. Não tem o menor sentido o eleitor votar num candidato de determinada coligação e grupo político e depois o eleito juntar-se à oposição.