Se for inocente, o senhor Flávio Dino, candidato a governador pelo PCdoB, tem todo o direito de indignar-se com o vídeo do suposto bandido que o acusa de envolvimento em atos criminosos.
Ele pode gritar, chorar, espernear e até lembrar o tal obscuro caso Reis Pacheco, fato histórico das eleições de 1994.
Mas, nem Flavio Dino, muito menos algum dos seus aliados, têm autoridade para afirmar, sem nenhum laudo técnico, que o vídeo é uma armação.
Apenas a policia pode dizer se o caso se trata de uma fraude; ou se é autêntico. E esta perícia não se faz de uma hora para outra,mesmo diante da suposta revolta do acusado.
E como ex-juiz, Dino tem obrigação de cobrar e esperar um posicionamento oficial da polícia, sem se antecipar aos fatos.
O vídeo está lá, nas redes sociais e nos aplicativos de internet. Um homem fala abertamente; algemado e de cara limpa, responde a perguntas de outras pessoas na sala.
E cita nomes – muitos nomes, inclusive o de Flávio Dino.
Diante do que vem acontecendo no Maranhão nos últimos meses, nenhuma dessas pessoas citadas – muito menos seus adversários – podem se arvorar da condição de dizer o que é o vídeo.
Dizer onde o vídeo foi postado, ou por que perfil de internet foi postado não resolve o problema de Flávio Dino.
E se foi a própria turma de Flávio Dino a responsável por jogar o vídeo na mídia, para, depois, se fazer de vítima?
Todas estas hipóteses precisam ser consideradas.
Só a polícia maranhense pode atestar ou não a autenticidade do depoimento – por que a do vídeo já está atestada, tenha ele sido postado onde quer que seja.
Quem é a pessoa que acusa?
Onde e quando foi gravado este vídeo?
Quem são as demais pessoas que estão na sala?
São estas perguntas que precisam ser levadas em conta, e não a indignação de Flávio Dino.
E só a polícia tem autoridade para respondê-las.
É simples assim…