SP Alimentação e Serviços é acusada de pagar propina escondida em caixas de uísque e de sapatos e de fazer doações ilegais para campanhas eleitorais
Fraude em licitações, formação de quadrilha, superfaturamento de preços, formação de cartel, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, propina escondida em caixas de uísque e de sapatos, doações ilegais para campanhas eleitorais e prejuízo de milhões de milhões de reais aos cofres públicos. Apesar do passado – e do presente – nefasto, uma empresa vem faturando alto na gestão do petecista Edivaldo Holanda Júnior, prefeito da capital do Maranhão.
Trata-de da SP Alimentação e Serviços Ltda, fornecedora de merenda escolar para as unidades da rede pública de ensino de São Luís, embora denunciada pelo Ministério Público (MP) de São Paulo, Paraná, Alagoas, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, por liderar e comandar o ‘ardiloso esquema’ da ‘Máfia da Merenda’, uma organização criminosa que causou lesão ao erário em mais de 100 cidades por onde garfou a gestão do fornecimento de merenda escolar.
Levantamento do ATUAL7 em dados disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura de São Luís mostra que, somando com os R$ 51.439.666,00 (cinquenta e um milhões, quatrocentos e trinta e nova mil, seiscentos e sessenta e seis reais) que abocanhou em um contrato assinado no dia 25 de junho de 2014 com o secretário Municipal de Educação, o comunista Geraldo Castro – mesmo com as aulas paralisadas há quase três meses, a SP Alimentação vai engordar a conta em R$ 128.089.278,36 (cento e vinte e oito milhões, oitenta e nove mil, duzentos e setenta e oito reais, e trinta e seis centavos), até o final do mandato de Holanda Júnior, em dezembro de 2015 – caso um novo contrato ou algum aditivo não seja assinado até lá.
Segundo os dados do Portal da Transparência, do total de R$ 76.649.612,36 (setenta e seis milhões, seiscentos e quarenta e nove mil, seiscentos e doze reais, e trinta e seis centavos) empenhados, entre 2013 e 2014, a empresa já levou mais de 40%: R$ 30.723.015,11 (trinta milhões, setecentos e vinte e três mil, quinze reais, e onze centavos), a maioria pagos em contratos assinados com dispensa de licitação.