Em meio a um clima tenso, com segurança reforçada, a Câmara Municipal de Açailândia decidiu pela criação da Comissão Processante para investigar a denúncia contra a prefeita do município, Gleide Lima Santos (PMDB), sobre a utilização de máquinas da prefeitura para uso privado e desvio de recursos da merenda escolar.

A sessão ordinária foi marcada para as 20h de hoje, após uma decisão judicial. Porém, a presidente da câmara municipal – Lenilda Costa não entendeu que seria nesta sessão extraordinária que a denuncia deveria ser apresentada. Ela abriu e fechou a sessão, se retirando do plenário juntamente com mais três vereadores. Contudo, o vice-presidente – Márcio Aníbal conduziu os trabalhos, reabriu a sessão, leu a denúncia e deu início a votação.

Treze vereadores votaram a favor da criança da Comissão Processante. Vale ressaltar que a Câmara Municipal de Açailândia é composta de 17 vereadores, sendo que um deles está afastado por motivos de saúde. Todos os outros 16 participaram do processo, porém 3 não votaram ao se retirarem do plenário, após a presidente abrir e fechar a sessão.

O requerimento da criação da Comissão Processante, além de pedir a investigação da prefeita, requeria o afastamento dela por 90 dias. Porém, ainda durante a realização da sessão, a prefeita Gleide Lima Santos conseguiu decisão judicial a seu favor, que lhe garantia o direito de responder as denúncias sem se ausentar do cargo.

Um forte esquema policial foi montado no local. Cerca de 30 policiais, inclusive do Batalhão de Choque, estiveram no local. Vários seguranças ocuparam também a parte interna da Câmara Municipal.  Poucas pessoas conseguiram entrar para acompanhar a sessão. A imprensa e a população aguardaram até o final da sessão, do lado de foram do prédio da Câmara Municipal.

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