A presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, deputada Eliziane Gama (PPS) lamentou na tarde desta segunda-feira, dia 11 de novembro os recentes atentados contra a segurança pública na Região Metropolitana de São Luís. Na tribuna a parlamentar criticou os episódios de violência registrados nos últimos dias e que resultaram na morte de um policial e ação criminosa contra trailers da Polícia Militar.
“Quero registrar nossa preocupação e indignação com a situação de insegurança que tem se instalado no nosso Estado. Já fizemos este debate, aqui na Assembleia, várias vezes e as ações por parte da Secretaria de Segurança não estão surtindo efeito”, afirmou.
A parlamentar pediu sensibilidade do Governo do Estado para buscar solução urgente para o problema da segurança pública e evitar que aconteçam novos atentados. “Reafirmo nossa preocupação e espero que o Governo o quanto antes apresente, uma alternativa para que, efetivamente, tenhamos paz na nossa cidade e Estado. Se não houver decisão política do Governo, infelizmente, a situação de instabilidade da segurança vai continuar aumentando, a cada dia e a cada instante, não apenas na nossa cidade, mas nos demais municípios do Maranhão”, concluiu.
No mês passado a parlamentar já havia registrado na tribuna o número crescente de mortes de policiais, principalmente na Região Metropolitana de São Luís, que até outubro havia ocorrido 10 mortes de policiais em confronto. Para a deputada os números de violência são reflexo da falta de estrutura na segurança pública do Maranhão, e outros problemas relacionados ao efetivo policial e aparelhamento da das policiais civil e militar.
“Temos aproximadamente 850 pessoas para cada um militar no Maranhão, a menor participação per capita de militar por habitante no Brasil. E o que vemos é que nem o próprio militar hoje está seguro. Porque temos grande quantidade de militares infelizmente morrendo exatamente porque não há uma repressão ao crime efetivamente, como deveria acontecer”, relatou.
Eliziane Gama também lembrou as diversas reivindicações dos militares durante a última greve da categoria. “O Maranhão protagonizou uma greve e recebemos centenas de militares nesta Casa e foi feito acordo com o Estado. Naquele acordo, dentre outros fatores, tinha, por exemplo, reajuste salarial e a readequação para a escala dos militares. Outro ponto importante também que foi a criação do Regimento Interno da Polícia Militar e que o Maranhão é o único estado do Brasil que ainda é dirigido pelo regime militar do Exército RDE. Vários pontos foram acordados naquele momento, a Polícia Militar suspendeu a greve, mas muitos quesitos infelizmente não foram cumpridos”, finalizou.