Dilma realiza reunião com ministros sobre os efeitos dos protestos pelo país

A presidente Dilma Rousseff realiza na manhã desta sexta-feira (21) uma reunião de emergência com seus principais ministros para discutir os efeitos das manifestações por todo o país, que levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas ontem.

Segundo assessores presidenciais, a presidente ficou impressionada com os acontecimentos no Rio e em Brasília e vai ouvir relatos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, sobre os atos. Ainda pela manhã, Dilma conversará com o vice-presidente, Michel Temer, sobre os protestos.

Ontem, a presidente acompanhou boa parte dos protestos no Palácio do Planalto e cancelou viagens ao Japão a Salvador. O cancelamento da viagem ao Japão –que estava marcada para a próxima semana– decorreu da avaliação de que Dilma não podia se ausentar do país neste momento. A visita a Salvador, onde a presidente lançaria o Plano Safra do Semiárido, foi suspensa para que ela pudesse se reunir com sua equipe.

A orientação da equipe de segurança do Planalto também é evitar excesso de exposição pública neste momento em que a tensão está elevada no país, o que poderia fazer da presidente alvo de hostilidade por parte dos manifestantes.

Assessores presidenciais disseram ontem, reservadamente, que o governo estava “atônito” e “perplexo” com as manifestações em todo o Brasil, mas monitorava a evolução dos protestos para tomar medidas de emergência em caso de necessidade.

Segundo auxiliares, o governo estava também “preocupado” com o impacto das manifestações sobre os investidores internacionais e na imagem do país no exterior. Esse temor decorre em particular do fato de o país estar sediando a Copa das Confederações, atraindo atenção da mídia internacional. Para dirigentes da Fifa, que promove a Copa das Confederações, a situação no Brasil é mais grave do que o pior cenário imaginado.

Além disso, o governo enfrenta no mesmo momento turbulências na área econômica, com a cotação do dólar em alta e o Banco Central sendo obrigado a fazer intervenções no mercado cambial.

G1.com

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