A tão esperada hora de comparar Castelo a Holandinha

Por Linhares Júnior

Justamente nessa mesmíssima época de 2012 João Castelo, então prefeito de São Luís, era pressionado pelo sindicato dos donos de empresa de ônibus para aumentar a passagem.

Pois quis o destino que Holandinha passasse pelo mesmo problema logo no seu primeiro ano de mandato. Em 2012 o tucano bateu o pé, enfrentou greve e empresários e não concedeu aumento de passagem. Como será em 2013?

Como se sabe, toda vez que o SET quer aumentar passagem ele aciona seus vassalos na direção do Sindicato dos Rodoviários e ameaça uma greve. Se o prefeito não ceder, a greve acontece. Antes de João Castelo os prefeitos tinham o costume de dar aumento nesse processo de chantagem.

Veio o tucano, bateu o pé, enfrentou uma greve e impediu o aumento em 2012. É óbvio que Castelo não conseguiu melhorar substancialmente o sistema de transporte público, mas ele pelo menos pôs um fim ao ciclo demoníaco criado pelos donos de empresa.

E estes senhores donos de empresa são um capítulo à parte. Reclamam diuturnamente do martírio que é ser dono de empresa de ônibus em São Luís. Pelas latas-velhas que circulam pelas ruas da cidade é até capaz de algum desavisado pensar que essa história é verdade.

Contudo, esses empresários moram em apartamentos milionários. Frequentam lugares caros e estampam as colunas sociais. As falidas empresas os ajudaram a erguer outras empresas gigantescas que com certeza dão muito dinheiro. Seus álbuns possuem fotografias pelos quatro cantos do mundo.

Seus filhos desfilam bêbados em carrões importados, matando no trânsito. E em ano eleitoral milhões e milhões são gastos no financiamento de políticos para ajudar no negócio que não vai bem. Que pobreza estranha essa dos donos de empresa de São Luís.

A chantagem baterá as portas de Holandinha como bateu na porta de Castelo ano passado. O tucano enfrentava ano eleitoral, o que tornou sua decisão de resistir muito mais complicada. E o prefeito da mudança, o que fará? Vai resistir, ou dar de ombros ao povo e cair nos braços dos pobres milionários donos de empresa?

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