Fábio Câmara diz que gestão EH Júnior não tem condições de executar Bilhete Único este ano

 O vereador Fábio Câmara tem razões de sobra para acreditar que uma das principais promessas de campanha do prefeito EH Júnior, o Bilhete Único, não saia do papel tão nessa gestão. O motivo é simples, o alto custo para os cofres da prefeitura.

A desconfiança de Câmara aumentou depois que uma reportagem publicada em O  Estadão, revelou que a prefeitura de São Paulo terá que subsidiar quase 700 milhões de reais, conforme o que está previsto para este ano. A diferença é que São Paulo é dona de grande orçamento, diferentemente de São Luís.

A reboque do bilhete único está o congelamento das tarifas de ônibus. A gestão Fernando Haddad (PT) vai ter de desembolsar cerca de R$ 50 milhões mensais, não previstos no orçamento de 2013, para manter a tarifa a R$ 3 até o mês de junho, como quer o governo federal. O cálculo é da Comissão de Finanças da Câmara Municipal, que prevê um gasto extra de R$ 300 milhões apenas no primeiro semestre.

Pelo menos outros R$ 660 milhões devem ser consumidos em subsídios ao longo do ano, caso a estimativa orçamentária se confirme. Em 2012, esse mesmo valor foi aprovado pela Câmara, mas o total real de gastos atingiu a marca recorde de R$ 953 milhões, conforme dados apresentados ontem à tarde pelo secretário de Finanças, Marcos Cruz.

De acordo com o vereador Fábio Câmara, a prefeitura de São Luís terá os mesmos problemas de São Paulo. Só para subsidiar o Bilhete Único, a gestão de EH Júnior terá que arcar com cerca de 8 milhões por mês, quase 100 milhões/ ano.  Isso sem contar os custos para bancar o congelamento das tarifas de ônibus.

Para o vereador da oposição, a prefeitura não tem condições de arcar com esse custo, que é alto para a capital maranhense. Ele explica ainda que esses recursos não estão previstos no orçamento  de 2013, aprovado pela Câmara.

O subsídio é um mecanismo usado para equilibrar as contas das empresas responsáveis pelo transporte coletivo. Geralmente, quanto maior o repasse para os empresários e cooperados do sistema menor a necessidade de tarifas mais altas. Ou seja, o contribuinte paga indiretamente, por meio da arrecadação de impostos, e não por meio de um preço maior na catraca.

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