Improviso, excepcionaliade e gambiarras são sinônimos de incompetência…

Por Fábio Câmara*

É impossível que se faça um juízo pleno de valores de uma administração considerando apenas 10 dias de gestão.

Não é segredo para ninguém qual é a minha postura política em relação ao grupo que acompanha o prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Farei oposição sim! Porém, jamais serei irresponsável ou maldoso.

Tenho plena consciência das dificuldades que podem até ser entendidas como normais a toda gestão que se inicia mas não posso ficar calado e muito menos concordar com a postura adotada pelo recém nomeado diretor do hospital Djalma Marques – O SOCORRÃO.

O Dr. Yglesio Moyses, que é quem responde pele direção da referida unidade de saúde, demonstra total despreparo para o exercício da função quando expõe a fragilidade técnica sua, da sua equipe, do secretário de saúde da capital, do prefeito e do grupo ao qual ele agora se vincula.

Antes de me posicionar aqui, liguei diretamente para o Sr. Secretário de saúde que me disse desconhecer totalmente dessa iniciativa desastrosa e descabida. O secretário se mostrou surpreso e descontente, uma vez que a cadeia de hierarquia foi quebrada enquanto o mesmo se encontra em Brasília exatamente viabilizando os recursos necessários para, pelo menos, aliviar a situação.

Enquanto estou escrevendo esse texto, vejo aqui, em rede nacional, a exposição do quadro calamitoso da saúde da nossa cidade.

A intenção do Diretor do socorrão pode até ter sido boa se considerada sob o aspecto da providência paliativa e imediata, mas me pareceu descabido se considerado pelo lado da gestão pública e desastroso sob o aspecto político.

O diretor afirma que o prefeito sabe e concorda com a ação e acaba de revelar para o Brasil inteiro que a única saída encontrada para não fechar o principal hospital da rede municipal de saúde da capital foi recorrer à caridade da população. O povo de São Luís prontamente respondeu ao apelo o que revela a grandeza da nossa gente mas não isenta os gestores públicos das suas responsabilidades.

Em todo orçamento público há uma rubrica chamada de “RESERVA DE CONTINGÊNCIA”.

Esse instrumento contábil e orçamentário se destina exatamente a cobrir eventualidades fiscais e/ou tragédias verificadas. O prefeito atual afirma que o ex-prefeito raspou os cofres públicos e lhe deixou uma “HERANÇA MALDITA” – uma dívida da ordem de aproximadamente 600 milhões de reais.

Mas será que o ex-prefeito levou até o dinheiro referente à reserva de contingência constante do orçamento 2013? Mais grave que isso! Se a prefeitura está em estado de mendicância como afirma o diretor do socorrão em consonância com o Sr. Prefeito, como justificar a criação de 4 ou 5 novas secretarias além das sub prefeituras anunciadas como compromisso de campanha?

O Sr, prefeito anunciou que pelos próximos 120 dias implementará algumas centenas de medidas saneadoras das dificuldades administrativas encontradas. O que é preocupante é que nenhuma foi explicitada, ficando sob a responsabilidade de cada secretário fazê-lo.

Mas, a julgar por essa medida tomada com a anuência do Sr. Prefeito, o que é que se pode esperar do que virá pela frente?

As escolas do município estão sendo roubadas sistematicamente. Já pensou se o secretário de educação resolve pedir aos pais de alunos que se revezem em plantões de vigia? Vejam que precedente perigoso esse! SE AS SOLUÇÕES ESTÃO NO PRÓPRIO POVO E É AO POVO QUE CABERÁ RESOLVER A TUDO, PRA QUE ENTÃO OS GESTORES PÚBLICOS?

Os salários dos servidores públicos municipais de São Luís referentes ao mês de dezembro de 2012 foram divididos em 3 parcelas. Os trabalhadores não concordaram e o prefeito fez ouvido de mercador. Se a situação é mesmo de indigência no executivo, por que não pagar apenas 50% dos vencimentos de todo o 1º e do 2º escalão da prefeitura?

O que se espera de uma gestão pública que foi eleita sob a bandeira da renovação e da competência é que seja minimamente capaz de resolver as suas dificuldades dentro de um processo administrativo ordinário. Até porque em termos de gestão pública, IMPROVISO, EXCEPCIONALIDADE e GAMBIARRAS  SÃO SINÔNIMOS DE INCOMPETÊNCIA!

Na minha primeira semana de câmara vou convocar o diretor do socorrão para que apresente o seu plano de gestão para os 4 anos dentro de toda a conformidade orçamentária e protocolar requerida.

*Fábio Câmara é vereador eleito em São Luís pelo PMDB

1 pensou em “Improviso, excepcionaliade e gambiarras são sinônimos de incompetência…

  1. Quem tem fome tem pressa, nao dá pra esperar chegar dinheiro de eventual ajuda !! Deu certo, supriu ao menos por enquanto as necessidades de alimentaçao dos doentes! Quem está com fome nao quer saber de onde veio a comida, só quer comer! Nosso vereador poderia tentar explicar o porque do prefeito apoiado por ele ter deixado Sao Luis nessa situaçao!

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