Sarney diz que CPI do Cachoeira não interfere no Congresso

Da Folha.com

Ao retomar nesta segunda-feira suas atividades no Senado depois de licença médica de 30 dias, o senador José Sarney (PMDB-AP) disse que a CPI do Cachoeira não vai interferir nos trabalhos do Congresso.

O presidente do Senado afirmou que, durante sua ausência, a Casa “funcionou muito bem” e votou matérias importantes –mesmo com a instalação da CPI.

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“O problema da CPI não tem nada que interferir nos nossos trabalhos. A CPI é uma instituição que está prevista na Constituição e tem autonomia, tem vida própria e não interfere de nenhuma maneira nos trabalhos da Casa”, afirmou.

Sarney se afastou por 30 dias do Senado para se submeter a um cateterismo e a uma angioplastia com a colocação de stent.

O senador ficou internado no hospital Sírio Libanês, depois manteve repouso em casa até retornar suas atividades. Inicialmente, o peemedebista pediu licença médica de 15 dias, mas prorrogou o período por mais 15.

O presidente do Senado defendeu que a CPI investigue a suposta organização criminosa que teria em seu comando o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

“O senhor Cachoeira realmente é a figura mais visada, e que tem que ser investigado o máximo possível para averiguar até aonde essa rede se estendia.”

Ele disse estar “desinformado” sobre os detalhes da CPI depois do repouso médico ao revelar que não sabia do depoimento de Cachoeira à comissão, marcado para amanhã.

“Eu estou tão fora do mundo que não estou sabendo que amanhã era depoimento do Cachoeira. Isso é rotina da comissão.”

PARALISIA

Sarney admitiu que, no segundo semestre, o Congresso vai paralisar parcialmente suas atividades em consequência das eleições municipais.

O senador prometeu realizar “esforços concentrados” de votações –semanas marcadas antecipadamente para que os parlamentares retornem a Brasília.

“É um ano atípico, eleitoral, temos muitas matérias a votar. As de interesse do governo já foram votadas. Teremos que marcar datas específicas para fazer esforço concentrado, como se faz todos os anos que tem eleição, e escolher matérias prioritárias.”

Sarney disse que, antes de sua licença médica, pediu aos partidos para listarem as matérias que vão entrar na pauta de votações no segundo semestre.

“Havíamos pedido aos partidos que fizessem uma relação, cada um deles, das matérias que julgassem importantes para que nós estabelecêssemos pautas específicas para votação.”

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