A deputada Graça Paz (PDT) deve reassumir ainda nesta quinta-feira (5), em pleno recesso, sua vaga na Assembleia Legislativa. A pedetista ocupava desde o ano passado a secretária de Articulação Política da Prefeitura de São Luís. Com isso, Edivaldo Holanda (PTC) volta à condição de suplente.
Ela foi demitida ontem do cargo, segundo confirmou ao blog o funcionária da secretaria Tauari Formiga. “A última informação que eu tenho é que ela não é mais secretária”, disse o servidor.
A volta de Graça Paz, mulher do também secretário municipal Clodomir Paz (Trânsito e Transporte), à Assembleia seria uma retaliação do prefeito João Castelo (PSDB) ao deputado federal Edivaldo Holanda Júnior e ao pai, o estadual Edivaldo Holanda (ambos do PTC).
Nos últimos dias Edivaldo Júnior intensificou os movimentos no sentido de tentar disputar a Prefeitura de São Luís. Ele se animou com um artigo do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), dizendo que não será candidato. O comunista estaria até propenso a apoiar o deputado do PTC, que sonha também com o apoio da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Graça Paz abriu vaga na Assembleia para Edivaldo Holanda pai no sentido de que ele fosse um dos defensores do governo Castelo na Casa. No entanto, o deputado entrava mudo e saía calado das sessões. Se ausentava do Plenário toda vez que percebia que algum colega iria bater forte na prefeitura.
Edivaldo pai está ressabiado por sido líder do governo Jackson Lago (falecido em abril de 2011) e ter sido “abandonado” pelo gurpo do ex-governador nas eleições 2010, o que prejudicou sua reeleição. Na época, ele chegou a retirar as fotos de Jackson de seus “santinhos”.
No final do ano passado, durante a criação e instalaçao da “CPI dos R$ 73 milhões”, ele teria tido uma forte discussão com a deputada Gardência Castelo, a Gardeninha (PSDB), filha do prefeito da capital.
A tucana cobrou do “aliado” uma posição contra a CPI e principalmente aos discursos do relator da comissão, deputado Roberto Costa (PMDB).
– Eu não vou criticar ninguém. Se tu quiseres, pode chamar Graça Paz de volta – teria reagido Edivaldo pai.
Não deu outra.