Caso Stênio: deputados debatem suposto pagamento para aprovação de lei

O deputado Marcelo Tavares (PSB) voltou a afirmar nesta quinta-feira (15) que a governadora não vai permitir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de que deputados teriam sido pagos para aprovar a flexibilização da lei que trata da derrubada de babaçuais em áreas urbanas, proposta por Bira do Pindaré (PT).

Segundo Marcelo, a governadora não vai permitir porque a matriz da corrupção não é a Assembleia, mas o governo do Estado. O parlamentar disse que está no aguardo da sanção da governadora no projeto de lei do deputado César Pires (DEM) que revogou a lei que gerou toda a polêmica, visto que suas campanhas são financiadas por empreiteiras. “Vamos ver se ela vai ficar do lado dos deputados ou dos empreiteiros”, completou.  A revogação foi aprovada contra os votos de Arnaldo Melo (PMDB), Raimundo Cutrim (DEM), Camilo Figueiredo (PDT) e Vianey Bringel (PMDB).

Marcelo elogiou a inauguração do hospital de Grajau pela governadora Roseana Sarney, mas lamentou que ainda falta inaugurar 68 hospitais. “Nesse ritmo, vão levar 17 anos para cumprir a promessa de entregar 72 hospitais ao povo maranhense”.

O deputado Bira do Pindaré também se pronunciou da tribuna. Ele afirmou que vai convocar uma nova audiência pública para que se possa discutir, junto com a sociedade e empresários, a elaboração de uma nova lei para os babaçuais maranhenses.

O deputado Luciano Leitoa (PSB) disse crer que tudo com relação ao suposto pagamento de parlamentares não passa de boatos. Para ele, com a revogação da Lei do Babaçu, a Assembleia assumiu uma culpa que não tem. Ele entende que é preciso investir em novos projetos, inclusive de incentivos fiscais para instalação de novas empresas no Estado, a fim de que se resgate a confiabilidade do Poder Legislativo.

Raimundo Cutrim lamentou que, com a revogação da Lei do Babaçu, deputados tenham votado sem saber o que estavam votando. “Aprovamos uma lei, depois surgiram comentários de venda de votos e, de ouvir dizer, nós revogamos a lei”.  Para Cutrim, é preciso repensar essa revogação.

O deputado Manoel Ribeiro (PTB) declarou que não recebeu dinheiro e quer saber quem recebeu. Ele pediu à Corregedoria da Assembleia que seja mais enérgica e colocou suas contas, sigilo bancário, telefônico e fiscal à disposição da Corregedoria. Garantiu, também, que se a Corregedoria não der respostas concretas, será o primeiro a assinar a CPI proposta pelo deputado Bira do Pindaré. “A mim jamais fariam uma proposta indecorosa destas, vou esperar que se esgotem os meios legais, mas o que não pode é deputados serem acusados desta forma”, finalizou.

1 pensou em “Caso Stênio: deputados debatem suposto pagamento para aprovação de lei

  1. suposto envolvimento não cafeteira jr. é purop envolvimento de trinta deputados estaduais interessados nos cincenta mil cada. deu bronca porque lhes passaram a perna.

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