Estratégias de Dilma em escândalo miram classe média

 

Da Folha.com

A repercussão da crise do Ministério dos Transportes na classe média foi uma das principais preocupações do governo federal desde o primeiro dia do escândalo, informa reportagem de Natuza Nery, publicada na Folha desta segunda-feira.

A presidente Dilma Rousseff viu dados de pesquisas internas de opinião, analisou o impacto do caso nesse estrato social e, em seguida, concluiu que “a linha [de ação] está boa”.

Interlocutores descreveram a cena, afirmando que a decisão de afastar rapidamente os suspeitos de irregularidade da pasta “pegou bem” entre os entrevistados com melhor remuneração, justamente a base social que Dilma quer pavimentar como ativo político neste mandato.

No primeiro dia da crise, a presidente determinou o afastamento de quatro servidores citados em reportagem da revista “Veja” como operadores de um esquema de corrupção no ministério, no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e na Valec, estatal de ferrovias.

Quatro dias mais tarde, caía o então ministro Alfredo Nascimento. Aliados do Congresso protestaram contra o desligamento “apressado” de apadrinhados políticos, alegando ausência de provas para um rito sumário. Praticamente todos os suspeitos citados pela imprensa deixaram seus cargos em questão de horas.

 

 

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