Rogério Cafeteira e Edilázio Júnior falam em discutir reforma política, mas na verdade estão com medo de ficar de fora em 2014


O presidente da Comissão Especial da Reforma Política na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (PMN), confirmou para o dia 12 de maio a realização de uma audiência pública para debater pontos da reforma política.

A decisão para realização da audiência foi tomada ontem durante a primeira reunião da Comissão Especial da Reforma Política, na sala das comissões.

Em pleno debate sobre a reforma, deputados e senadores concordam em quase todas as mudanças.
A lista fechada para eleições proporcionais é uma das propostas que tem gerado maior polêmica entre os parlamentares.

Na lista fechada ,o partido definirá quem serão seus representantes na eleição proporcional. O eleitor vota em uma espécie de pacote fechado de candidatos. Ao escolher um postulante, premia todos os outros que compõem a lista.

No Maranhão, os deputados Rogério Cafeteira(PMN) e Edilázio júnior(PV) já declaram ser contra a lista fechada.

A preocupação dos deputados se dá em causa própria. Com a lista fechada eles teriam poucas, ou nenhuma chance de reeleição.

Os dois foram eleitos com uma grande estrutura de campanha e beneficiados pelo atual modelo, já que não se elegeram com seus próprios votos.

Edilázio operou quase toda sua campanha defendendo prefeitos no TRE em troca de apoio eleitoral nas eleições de 2010. Conseguiu em Timon mais de 10 mil votos sem nunca ter feito política na região.

Rogério Cafeteira da mesma forma. Foi bem votado em todos os municípios para onde foram destinados recursos oriundos de emendas parlamentares de seu tio, o senador Cafeteria.

O financiamento público de campanha é outra proposta criticada por Rogério Cafeteria. Nesse sistema em vez de os candidatos e as legendas recorrerem à iniciativa privada para formar caixa de campanha, a União faria aporte no fundo partidário para que a disputa fosse bancada com dinheiro público.

O objetivo é reduzir a influência do poder econômico nas eleições, o que prejudicaria campanhas como as feitas pelos deputados Edilázio Júnior e Rogério Cafeteira.

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