Marcos Caldas diz que São Luís corre risco de desastre ambiental

Agência Assembleia

O deputado Marcos Caldas (PRB) fez um alerta para o perigo de desastre ambiental que os tanques de lixo tóxico da Alumar podem causar a São Luís. Segundo ele, a fábrica mantém quatro tanques de 50 hectares (equivalente a 50 campos de futebol) com um líquido alcalino, semelhante ao que causou o desastre ambiental de grandes proporções no Rio Danúbio, na Hungria.

“Se isso acontecer aqui (os tanques romperam e o lixo se espalhar), a ilha vai virar uma lamaçal e todos os rios e mar vão ser contaminados. Todas as águas, o subsolo… Nós vamos pagar aqui água mais caro que gasolina”, declarou.

Marcos Caldas afirmou que as paredes dos tanques são feitos com camadas de concreto e camadas de plásticos, além dos filtros que seriam para despoluir a água. “O resíduo deste filtro está indo direto para o lençol freático da ilha. Eles consomem 360 mil litros de água por hora sem pagar um centavo”.

“Agora o desastre ambiental está acontecendo longe daqui, mas o nosso problema está dentro de casa. Nós moramos numa ilha. Se um tanque daquele vier a rebentar, pode ter certeza, aqui vão morrer milhares de pessoas”, afirmou.

O parlamentar lembrou que propôs uma CPI (Comissão Paramentar de Inquérito) para investigar a Alumar, que chegou a colher 25 assinaturas, mas 12 foram retiradas antes que a comissão pudesse ser implantada. “Vim aqui a esta tribuna, falei, bati e não tive ajuda”. Hoje ele propôs a formação de uma comissão de deputados e técnicos para ir até a Alcoa para ver de perto os tanques e pediu que a Comissão de Meio Ambiente realize uma audiência pública sobre o tema.

O deputado ganhou apoio imediato dos parlamentares Helena Heluy (PT), João Batista (PP) e Antônio Bacelar (PDT).

Projeto

O deputado Marcos Caldas (PRB) disse que vai apresentar projeto de lei propondo a proibição de transporte de pessoas na garupa de motocicletas no horário comercial (8h às 18h), com exceção de mototaxistas devidamente identificados (com capacete, placa e colete). O objetivo é combater a “saidinha bancária”, modalidade de crime em que os clientes são seguidos e roubados após sacar dinheiro em agências.

De acordo com o projeto do parlamentar, a carona ficará proibida na zona urbana da capital e em cidades com população superior a 200 mil habitantes. Além dos mototaxistas, o transporte será permitido quando o condutor e o passageiro tiverem laço familiar ou trabalhista e se identificarem as autoridades policiais.

Marcos Caldas foi vítima de saidinha bancária na última sexta-feira. Ele contou que foi abordado por “motoqueiros” na recepção do Edifício Century (Calhau), onde ele tem um escritório, depois de sair de uma agência do Banco do Brasil. Os criminosos estavam armados com uma pistola 380, houve um tumulto e eles dispararam dois tiros, sem atingir ninguém. Levaram uma maleta contendo documentos, talões de cheques e cartões de crédito do parlamentar.

Também já foram vítimas de assalto os deputados Victor Mendes (PV), Rigo Teles (PV) e Penaldon Jorge (PSC). “Essas saidinhas bancárias já se tornaram corriqueiras no Maranhão e nós não podemos aceitar”, disse Marcos Caldas.

Para combater a saidinha bancária, cidades como Salvador, Curitiba e até Imperatriz, no leste maranhense, proibiram o uso de celulares, rádios amadores ou aparelhos semelhantes no interior das agências bancárias.

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