Almir Macêdo é acusado de ameaçar manifestantes acampados em frente à Prefeitura

Representantes dos 1.100 ex-funcionários da empresa Multicooper que continuam acampados em frente ao Palácio La Ravardière, sede do governo municipal, acusam o delegado de Polícia Civil, Almir Macêdo de coagir manifestantes e ameaçar tocar fogo no caixão colocado por eles próprios próximo à entrada da Prefeitura, como forma de chamar a atenção do poder público. Macêdo que foi preso pela CPI do Crime Organizado em 1990, é secretário-geral do PTC e amigo pessoal do ex-deputado Edivaldo Holanda – pai do prefeito Edivaldo Jr.

 

Na noite dessa sexta-feira (10), enquanto debatiam as propostas, os manifestantes teriam sido surpreendidos por Macêdo numa caminhonete, que, de forma truculenta, teria descido do veículo acompanhado da Secretária Adjunta de Gestão Tributária da Semfaz, Ana Karina Cordeiro e puxado um cartaz com a foto do prefeito que estava em cima da urna funerária. Ele ainda questionou os manifestantes se o caixão era do prefeito e ainda fez ameaças na presença de várias testemunhas.

 

“Quero saber se esse caixão é do prefeito [Edivaldo Júnior], se for é melhor se preparem, pois vou enviar 20 homens para tocar fogo e metralhar todos que participam deste ato”, disse o delegado, segundo os manifestantes.

 

O protesto segue de forma pacífica. No mês de dezembro, os manifestantes lançaram uma carta com informações sobre o velório e enterro simbólico que realizam. Segundo eles, o protesto longe de ser um presságio de mau agouro ou ato ofensivo e desrespeitoso ao prefeito, precisa ser entendido como sendo um convite à sua reflexão sobre o falecimento de um homem, um jovem que personificou a esperança de uma mudança e de uma renovação que foi prometida e que não aconteceu.

 

“Não velamos uma morte física, Não! Nesse caixão está sendo velado tudo que transformou a campanha da mudança num grande estelionato eleitoral. Na urna funerária jaz o bilhete único; as sub prefeituras; as secretarias de juventude e de geração de renda; o carnaval de passarela; as centenas de dias letivos não ministrados em 2013; o programa do bom leite, da merenda e do fardamento escolar; os cursinhos pré universitários; os falecidos sistemas de saúde e de transportes da capital”, diz trecho do documento.

 

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