Em evento, Roberto Costa destaca pontos da CPI de Combate à Violência Contra a Mulher

O deputado estadual Roberto Costa (MDB) participou, na última sexta-feira (25), do evento “Sala de Provocações”, com o tema “Feminicídio – pelo fim da violência contra a mulher”, realizado pela Fundação Ulysses Guimarães. O parlamentar e relator da CPI de Combate à Violência Contra a Mulher destacou pontos do relatório da CPI e debateu amplamente o assunto.

“Como deputado estadual e relator da CPI de Combate à Violência Contra a Mulher, realizada pela Assembleia Legislativa, em 2013, objetivei, de forma prática, combater e diminuir dados alarmantes de violência contra a mulher”.

Roberto Costa destacou que as mulheres vítimas da violência doméstica devem contar com total apoio do poder público. E que, geralmente, o feminicídio é precedido de uma série de atos violentos, que não são contidos em razão dos mais variados fatores, principalmente em função da mulher ser subjugada pelo companheiro.

Roberto Costa ressaltou que é necessário que as mulheres denunciem e que o Estado ofereça todas as condições necessárias para as vítimas. “Desta forma, só conseguiremos combater esse tipo de violência a partir da conscientização, respeito e cumprimento efetivo das punições legais. Para isso, é importante que todas as vítimas rompam o silêncio, enfrentem o medo e denunciem. Todavia, para isso, precisamos de um Estado garantidor de condições necessárias para que a mulher tenha contato com o poder público. Sobretudo, com as delegacias especializadas, pois são estas instituições as primeiras a serem procuradas pelas vítimas”.

De acordo com Roberto Costa, “a Fundação Ulysses Guimarães trouxe à tona um assunto que é pauta nacional, por conta do elevado índice de violência contra a mulher. Estamos, na realidade, em busca da adoção de políticas públicas que venham estabelecer a redução desses números assustadores”, disse o parlamentar.

A delegada Kazumi Tanaka, coordenadora de todas as Delegacias de Mulher do Maranhão, apresentou gráficos e exibiu vídeos sobre a violência contra a mulher, fazendo uma abordagem sobre a contextualização do que ela considera quase uma epidemia, no que concerne à violência contra a mulher no Brasil. E ressaltou que o termo “feminicídio” foi utilizado pela primeira vez em 1976, em relação ao brutal assassinato de uma mulher. “Quando se mata uma mulher no Brasil, ainda se leva para a questão do crime passional, para lavar a honra, como ocorria no passado. Eles romantizam essa violência exacerbada”, afirmou.

O presidente da Fundação Ulysses Guimarães, professor Wellington Gouveia, disse que a sociedade, de um modo geral, precisa lutar contra esse flagelo, e que o Ministério Público de São Paulo mostrou estudo recente revelando que 8 mulheres são assassinadas diariamente pelos companheiros no Brasil.

Participaram ainda do evento: a assistente social Sílvia Leite, presidente do Conselho Estadual da Mulher; Nildinha Teles, vereadora de Chapadinha e assistente social; Mary Silva Maia, coordenadora do Programa Pacto pela Paz e que representou o secretário de Estado de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves; Walber Neto, do Conselho Nacional da Juventude e Paulo Passos, superintendente da Juventude de Rosário.

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