Wellington defende valorização dos professores da rede pública

Respeito aos professores, valorização salarial e combate à propaganda enganosa. Foram esses os pontos do posicionamento do deputado estadual Wellington do Curso, que também é educador, em defesa dos professores da rede pública de ensino do Maranhão. Fazendo uso de reivindicações de professores, após reunião com a categoria, Wellington utilizou a tribuna para questionar a tentativa do governador Flávio Dino “de derrubar a Ação Coletiva 14440/2000-3, que trata da descompressão e transitou em julgado desde 2011”.

De acordo com os professores, há uma tentativa do governo de derrubar o processo para não efetuar o pagamento dos direitos dos educadores. “Eles estão querendo que esse processo volte à tona só para não nos pagar. Estão usando de artifícios do meio jurídico para, basicamente, dar mais um calote. Esse governador diz que valoriza a gente, mas valoriza onde? Só se for na propaganda. Nem nossos direitos ele está querendo cumprir”, desabafou Isabel, professora há 26 anos.

Ao se pronunciar, Wellington deixou claro que, embora a discussão esteja tramitando no âmbito jurídico, não apoiará o “calote” disfarçado de questões formais. “É muito fácil dizer na propaganda que se valoriza professor. Agora, ter coragem de sentar e conversar com os professores é outra coisa. Eu fiz e faço isso porque respeito os professores do nosso Maranhão e é exatamente por isso, que não posso me calar diante dessa possibilidade de descompressão. O processo já transitou em julgado desde 2011, e sete anos depois, o governo alega que o Ministério Público não foi intimado. Ocorre que, por duas vezes, o MPE declinou de intervir na causa, alegando ausência de interesse público. Agora, Flávio Dino tenta fazer manobras para retirar mais esse direito da categoria que já é tão sofrida. Não deixaremos que, com isso, ele dê mais um calote nos professores do Maranhão”, disse Wellington.

Entenda o que é a descompressão

A ação ficou conhecida no meio dos professores pelo nome de descompressão porque teve como objeto a descompressão da Tabela Salarial dos Professores da rede pública. Ocorre que o governo, por vários anos, deu reajustes salariais com índices diferenciados para as diversas referências da carreira do magistério, sempre dando reajustes maiores para as referências iniciais e menores para o topo. O resultado é que, depois de alguns anos, as referências iniciais estavam quase iguais às finais, achatando os salários para quase o mesmo valor. Em 2000, o sindicato ingressou com ação coletiva para requerer a correção das diferenças salariais. O processo foi julgado procedente ao pagamento das ações e transitou em julgado em 2011.

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