Operadores de esquema em prefeituras mantém vida de luxo oito anos após operação rapina

O dia 15 de dezembro de 2007 foi sem sombra de dúvidas, os piores dias da vida do contador Waldely Leite de Moraes e do seu filho, Luciano Rabelo de Moraes, proprietários da Ecoplan-Emplan. Na manhã daquele sábado, a Polícia Federal desencadeava a tão propalada “Operação Rapina” que culminou com a prisão de pai e filho e mais 20 pessoas acusadas de participação no esquema de desvio de uma série de recursos públicos em São Luiz Gonzaga (MA) e outros municípios. Pois bem, como diz o ditado popular, o mundo dá voltas e quase oito anos depois da prisão, os operadores do esquema mostram que a rotina não oscilou com a repercussão dos escândalos. Nenhuma mordomia foi bloqueada e Waldely e Luciano Moraes mantêm a vida de luxo que sempre levaram. E, como dizem pessoas próximas à família, se dando ao luxo de pagar para trabalhar

Os dois, por exemplo, continuam em plena atividade prestando seus ‘serviços’ em diversos municípios maranhenses mesmo estando arrolados como réus no processo que está tramitando na 2ª Vara da Justiça Federal do Maranhão. Pai e filho são sócios da empresa Moraes Consultoria Ltda que possui contratos com as várias prefeituras para prestar serviços de assessoria e consultoria contábil. Foi com esse escritório que os dois voltaram a operar nos municípios de Viana e Gonçalves Dias. Além das duas cidades, a companhia também atua em Vitória do Mearim e outras duas prefeituras. Detentora de um capital social de apenas R$ 10 mil reais, a Moraes Consultoria Ltda, arrematou R$ 438 mil em apenas nos dois contratos firmados com as prefeituras vianenses e gonçalvina, conforme noticiamos ontem nesta página.

Os dois ficam mais responsáveis com dinheiro desde que foram presos. Ambos, no entanto, não abrem mão do luxo. A paixão por carros e lanchas continua. Os mais próximos não sabem nem dizer qual é a marca dos automóveis de tanto que eles mudam. Nos fins de semana, os contabilistas costumam viajar para a mansão da família às margens do rio Preguiças, no município de Barreirinhas (MA). O imóvel, por exemplo, chegou a ser alvo de uma ação do Ministério Público Federal por causa da construção irregular.

RELEMBRE O CASO
O mega esquema de desvio de dinheiro público descoberto pela Controladoria Geral da União (CGU) em nove prefeituras do Maranhão – desmontado pela Polícia Federal na Operação Rapina – era comandado pelos donos dos escritórios de contabilidade Ecoplan-Emplan e Conpub. “Os chefes da quadrilha eram os contadores. Eles montavam todos os processos das licitações fraudulentas”, declarou na época o superintendente da PF, Gustavo Gominho, ao divulgar os nomes dos 102 presos e dos 17 acusados que ainda estavam foragidos até o início da noite de ontem. Continue lendo aqui…

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