Graça Paz pede reflexão sobre problemas que estão levando o povo às ruas

A deputada Graça Paz (PSL) declarou, na sessão desta terça-feira (18), que a classe política precisa fazer uma reflexão mais profunda sobre a atual conjuntura brasileira e analisar as causas dos problemas que estão levando o povo às ruas.

“Longe de mim querer criticar os meus colegas parlamentares, mas o que eu estou vendo aqui nesta Casa é que as coisas estão efervescentes neste País, as coisas estão acontecendo, e nós precisamos ocupar esta tribuna, também, para falar sobre a situação que o nosso país está vivendo”, afirmou Graça Paz.

Ela advertiu que os poderes constituídos do país precisam dar resposta às reivindicações da população: “É o Congresso, são as Casas Legislativas, Federais e Estaduais, Municipais. É o Executivo, Governo Estadual e Municipal e o Judiciário. Todos precisam trabalhar em conjunto para que situações como estas que estamos vendo agora não voltem a acontecer mais em nosso país”.

Graça Paz lembrou que, em meados de junho de 2013, quando começaram as manifestações de rua, em praticamente todos os estados brasileiros, proferiu um discurso, chamando a atenção para a realidade do país.

Nesta ocasião, recordou ela, todos foram unânimes em apoiar as justas reivindicações destinadas àqueles que de alguma forma detêm o poder nas mais diferentes esferas de nossa sociedade, exigindo mais sensibilidade às necessidades da população, cobrando transparência na gestão dos recursos públicos, saúde, reforma da política, mobilidade urbana, educação de qualidade, além de melhores e mais igualitárias condições de trabalho.

Mas todos também foram unânimes em repudiar os arruaceiros que se juntam às passeatas de modo violento com o intuito de tirar o brilho daqueles que clamam por uma mudança justa e necessária, visando mudar a realidade de sua cidade. Os vândalos não tinham o direito de colocar em risco o valor das passeatas. Quebram lojas, destroem patrimônios público e privado em todo o país, causam prejuízos incalculáveis ao comércio, à indústria e a outros segmentos econômicos e obrigam a polícia a agir com violência.

Ainda relembrando o discurso que fez em junho de 2013, a deputada frisou que a reação comum foi enviar a polícia de choque para acabar com os protestos. “Os excessos repressivos inevitáveis exacerbam as manifestações. Os protestos geralmente não têm líder e nem cadeia de comando, raras vezes têm estrutura organizacional ou líderes claramente definidos. Não há com quem negociar, a estrutura informal e espontânea, coletiva e caótica dos protestos confunde os governos e é impossível prognosticar as consequências e assim como não se soube por que e nem quando começaram os protestos, não se sabe quando e como vão terminar.”

Depois de analisar os protestos realizados em alguns países, Graça Paz assinalou que a principal surpresa desses protestos é que tenham acontecidos em países bem sucedidos economicamente. A deputada acrescentou que, nas sociedades que apresentam mudanças rápidas, a demanda por serviço público cresce mais rápido do que a capacidade dos governos para satisfazê-la, e parece que essa é a brecha que leva as pessoas às ruas e dá energia a outros protestos muito justificados.

“Portanto, são vários motivos que explodiram na garganta dos manifestantes: a preocupação de ver a violência crescendo, ganhando cada vez mais espaço e deixando a sociedade impotente diante de tanta criminalidade. E é sobre estes problemas que quero pedir, uma vez mais, a reflexão de nossos colegas para que, juntos, possamos tentar propor soluções”, afirmou Graça Paz, ao encerrar seu pronunciamento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.