O retorno do deputado Marcelo Tavares, do ex-governador José Reinaldo Tavares e do advogado José Antônio Almeida à cúpula do PSB é mais uma demonstração de que a oposição anda, sim, preocupada com uma possível derrota de seu candidato, o comunista Flávio Dino, ao governo do estado em 2014. O PSB vinha em crise desde as eleições de 2012, quando Roberto Rocha venceu uma queda de braço particular com o ex-governador, e conseguiu levar o partido para Edivaldo Holanda Júnior e não para João Castelo, como queria Tavares.
A preocupação da oposição se agravou de vez com a declaração da deputada estadual Eliziane Gama (PPS) que é pré-candidata ao governo. Logo ela, que era dada como certa na campanha do comunista. Para completar, pesquisas revelaram uma tendência ainda mais preocupante: a deputada tira voto de Flávio Dino e não do candidato do governo, o secretário Luís Fernando. Vale lembrar que o comunista vem perdendo fôlego e aprece em queda em todas as pesquisas, apesar de ainda liderar os levantamentos.
Mas não é só o PSB o único partido da oposição em pé de guerra fria. Os rachas internos e as picuinhas acontecem nas principais legendas. Vejamos: o PDT mede forças com o PCdoB dentro da prefeitura de São Luís. Os tucanos se dividem em três: um grupo defende uma aliança com o candidato do governo, uma outra ala pensa num possível apoio à deputada Eliziane Gama, e tem aqueles que acreditam que o caminho é mesmo a oposição.
A iniciativa para retornar à cúpula do PSB partiu de Zé Reinaldo, que foi pessoalmente reclamar ao presidente da executiva nacional do partido, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que estava alijado de todo o processo.
Apesar da chiadeira de Tavares, ele ainda será obrigado a engolir o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, como vice-presidente de Articulação Majoritária e o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, como vice-presidente de Articulação Institucional. Já o ex-governador e José Antônio Almeida, irão dividir a Secretaria de Articulação Política, para muitos um cargo de consolação.
A verdade é que por trás de toda essa movimentação no PSB, o que está em jogo mesmo são as eleições de 2014, tanto para o governo do estado quanto para presidência da república. Já essa história de todos felizes, como tenta vender a imprensa da oposição, é conversa para boi dormir.
1 pensou em “Reagrupamento do PSB sinaliza preocupação da oposição para 2014”