Blog do Gilberto Léda
Voltaram mais fortes os rumores de que a Prefeitura de São Luís deve mesmo terceirizar parte do serviço de Saúde da capital. E o recadastramento em andamento na Secretaria Municipal de Saúde (Semus) – veja post abaixo – pode ser o passo inicial para a medida.
Oficialmente, o Município informa apenas que pode ter havido distorções na primeira contagem de servidores – que apontou, no início do ano, a existências de 3,2 mil funcionários fantasmas. Mas o novo recadastramento, na verdade, deve servir para identificar quem continuará e, quem vai sair, após a terceirização.
Ocorre o seguinte: a Prefeitura está prestes a repassar o controle da Saúde Municipal a uma Organização Social de Saúde (OSS), muito provavelmente a Pró-Saúde – embora o MP diga que não quer ver a empresa nem “pintada de ouro” na capital.
Assim que o negócio for efetivado, todos os SPs da Semus serão demitidos. Quem tiver padrinhos, será readmitido, agora com carteira assinada, pela OSS; quem não os tiver, está na rua.
E é para saber o grau de apadrinhamento de cada um que se faz, agora, o recadastramento, da forma mais discreta possível, porque esse assunto já rendeu demais na cúpula do Executivo Municipal. E provocou também muito desgaste.
Desaviso: embora essa seja a versão mais recorrente, corre ainda na Semus a tese de que o recadastramento visa à identificação de médicos e enfermeiros que dão plantão em mais de um local ao mesmo tempo. O objetivo seria cruzar as cargas horárias dessa turma e identificar quem anda burlando o sistema.