Polícia Militar faz operação para coibir assaltos a coletivos

A operação Elemento Surpresa foi retomada no ônibus da capital. A ação consiste na abordagem policial aos coletivos e pessoas com objetivo de impedir investidas ou deter suspeitos. O retorno da operação foi definido em reunião entre trabalhadores rodoviários e representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), no Comando Geral da Polícia Militar, na última quarta. Na ocasião, os trabalhadores cobraram ações de segurança por parte da SSP e, além do Elemento Surpresa, sugeriram ainda o retorno da Operação Catraca e da ronda em pontos considerados críticos.

Mesmo com a operação, os assaltos ainda persistem e em área consideradas críticas pelos rodoviários. É o caso do bairro Anjo da Guarda, onde três assaltos foram registrados pelo sindicato, no fim de semana. A categoria espera que mais ações sejam executadas. “A reunião teve seu ponto positivo com o retorno desta operação, mas, a forma como vem sendo feita põe em risco o trabalhador”, ressaltou o diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), Isaias Castelo Branco.

Segundo relatos de motoristas, os policiais não têm feito a abordagem aos passageiros e apenas questionam sobre a situação no coletivo para após preencherem a ficha de registro. “É claro que nem cobrador, nem motorista vão falar se houver algo suspeito, senão, eles é que serão alvos, porque esses que são presos, às vezes são liberados no mesmo dia”, observa. Outro problema é o efetivo policial que não é suficiente para cobrir todos os pontos de assaltos a ônibus.

“A própria secretaria reconheceu que os policiais são poucos para todas as áreas. Mas, a gente espera um planejamento para que outras ações venham somar com a Elemento Surpresa”, disse Isaias Castelo Branco. Ainda esta semana, o STTREMA irá reunir com a categoria para avaliar o resultado da reunião com a Segurança e definir se haverá ou não greve. “A categoria é que vai definir, mas, essa semana será apenas a assembeia”, informa o presidente do sindicato.

O STTREMA vai reunir ainda com a Polícia Civil para discutir uma forma de manter os suspeitos presos por um mínimo de tempo. Segundo o sindicato, muitos destes suspeitos são soltos no mesmo dia da prisão. “É uma prova de que o trabalho da polícia está sendo em vão, porque a Justiça vai lá e solta, e também, de risco para os trabalhadores, que ficam à mercê dos suspeitos”, disse Isaias Castelo Branco.

Estatísticas 

Nos primeiros sete meses deste ano foram registrados 371 assaltos a coletivos, sendo as áreas Itaqui Bacanga, Vila Itamar, Monte Castelo e Ipase entre as de mais ocorrências, segundo o STTREMA. O número já ultrapassa os registros de todo o ano de 2010 (361 casos), 2011 (377) e 2012 (260 casos). O sindicato realiza levantamento dos novos registros pra divulgação.

“Queremos comparar se houve alteração com a volta da ação policial”, destaca o presidente do sindicato. A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), que, por meio do Comando do Policiamento Metropolitano informou serem realizadas operações regulares nos coletivos e, no que refere à operação Elemento Surpresa, é orientado aos policiais que, mesmo questionando os motoristas e cobradores, abordem também passageiros.

 O Imparcial

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