“Agora é que vai começar a eleição”, afirma João Castelo

Castelo encarou com naturalidade o resultado do primeiro turno e garante que agora é outra história
Castelo encarou com naturalidade o resultado do primeiro turno e garante que agora é outra história

Na primeira fase da disputa o atual prefeito contou com o apoio do PMN e PRP, que juntos formaram a coligação “Pra fazer muito mais”, a qual obteve 30,60% dos votos válidos, o equivalente a 156.320 eleitores, o que não foi suficiente para lhe colocar no primeiro lugar da disputa, por isso no segundo turno Castelo vem com a missão de conquistar parte do eleitorado que votou nos demais candidatos participantes da disputa.

Acompanhe na íntegra a entrevista com o atual prefeito:

Como o senhor avalia o resultado do primeiro turno? 

Com muita naturalidade, eleição é isso, você às vezes tem surpresas. Mas é normal. Agora é que vai começar mesmo a eleição. No primeiro turno tinham oito candidatos, muita gente, e isso até certo ponto, não só divide muito a população, como confunde um pouco a cabeça do eleitorado. Porque tem candidato de todo tipo, uns mais tranqüilos, outros mais afobados, uns mais espirituosos.

E qual o seu tipo? 

O meu é daqueles que fica às vezes inquieto na hora da campanha porque não gosta de perder tempo. O meu é daqueles que gosta de andar, falar com o eleitor, procurar ter contato com o povo, porque eu acho que em eleição o que existe de mais importante é o povo, é o eleitor, é ele quem comanda.

Nesse primeiro momento da campanha do segundo turno, o senhor tem ido às ruas ou está primeiro tentando fazer contatos políticos? Qual é a estratégia

Não é essa a estratégia, é questão de programação. Nós estamos nos organizando para fazer o segundo turno, que vai começar no sábado (quando iniciam as propagandas no rádio e na televisão). E na hora que começar a gente só pára quando terminar a eleição.

Como pretende aproveitar o tempo maior de propaganda eleitoral no rádio e na televisão? 

Antes, contra nós eram 27 minutos. E nós tínhamos três para mostrar o que a gente fez. Agora não, agora cada um tem o mesmo tempo.
A grande vantagem é que são só dois candidatos, com o mesmo tempo, dez minutos pela manhã, dez à noite e dez para inserções. Então vai haver o confronto de idéias, de ponto de vista, e o eleitor vai ter condições de olhar os dois candidatos, pelo mesmo tempo, nas mesmas condições. Ele vai comparar, com certeza, mesmo que ele não queira, vai comparar e vai decidir. Vai ver quem tem melhor experiência, se os dois têm, ou se tem alguém que não tem. Porque o eleitor não pode deixar de considerar, sobretudo, o trabalho que vem sendo feito, que não pode ser abandonado. São muitos milhões sendo investidos na cidade, com apoio do Governo Federal, com apoio de bancos internacionais, com a receita da prefeitura, suada que a gente consegue para melhorar a vida do povo. E isso tudo tem que ser analisada. É preciso ter continuidade.

Como avalia a neutralidade definida pelo PT?

O partido disse isso, o candidato do PT a mesma coisa, mas o eleitor é liberado. O eleitor vai escolher alguém para poder dar o voto dele, a não ser que ele queira votar em branco, ou votar nulo, ou se abster. Isso é uma coisa que vai depender muito da campanha.

Prefeito, já existe algum indicativo de apoio de outro candidato que não foi para o segundo turno? 

Estamos trabalhando, mostrando a nossa proposta a todos os amigos, aos vereadores eleitos conosco e àqueles não foram eleito em nossa coligação, porque foram várias coligações, tinham coligações de vereadores que não tinham nem candidatos a prefeito do próprio partido. Nós temos conversado com todos eles, e o resultado tem sido excelente. E quando fecharmos isso (as negociações), e eu acho que até o final da semana ou até segunda-feira estará resolvido, aí passamos para campanha, com toda a força que a gente tem e com aquilo que os nossos aliados conseguirem agregar.

Como o senhor avalia o posicionamento e a situação de alguns políticos que estavam do seu lado no primeiro turno e de repente passaram para o lado adversário no segundo turno?
Isso acontece em qualquer lugar. Tem alguns políticos que em toda eleição fica de um lado por um motivo qualquer e trai. Passa para o outro lado. Aí, se o lado que ele foi como oportunista ganhar, ele continua até a outra eleição. Na outra ele vai ver se convém ficar, se não, pula para outra. Tem político que é como ave de arribação, não costuma pousar sempre no mesmo lugar. Político é assim, mas a gente não pode dizer nada, cada um tem o direito de fazer da sua vida o que acha certo. Agora político desse tipo é até bom que não fique do lado gente, porque não é correto, a gente pensa que está nos ajudando, mas não está ajudando, não. Está até trabalhando contra as vezes.

Se eleito, quais são as prioridades para o próximo mandato? 
Em primeiro lugar, continuar todo esse trabalho grandioso que nós estamos fazendo. Foram canais importantíssimos, para saneamento básico são sete da maior qualidade. E no trabalho de asfalto, fizemos mais de 800 ruas que nunca tinham tido nenhum asfaltamento. Hoje, avenidas novas já são 23, além de seis que nós fizemos, e outras que nós também estamos recuperando.

Então, vamos fazendo lentamente, como fizemos com a avenida Mauro Bezerra, que era só esgoto, e a Santos Dummont, que ninguém passava ali há mais de 12 anos, a avenida Nossa Senhora da Vitória, que vai para o Parque Vitória e era outra coisa triste, e a Mario Andreazza, que tinha sido feita pela Gardênia quando foi prefeita, há 26 anos atrás, e era uma das vergonhas de São Luís e hoje é uma das mais lindas.

Eu não conheço no Nordeste inteiro, em nenhum das cidades importantes uma avenida desse padrão. É muito trabalho. Tem ainda o teatro da cidade, o prédio onde foi o Banco do Estado, que nós desapropriamos para fazer a sede administrativa da prefeitura, que é uma obra grandiosa. E aqueles alagamentos que nós acabamos, como o da área do mercado central e da área do anil, na frente do antigo Lítero. Tudo isso são obras muito importantes.

Agora nós vamos poder fazer o mercado novo, no mercado central, nós vamos partir para o mercado do Anjo da Guarda e para o do João Paulo. O da Liberdade fizemos completamente novo e já entregamos. Fizemos também o da Cohab, e acabamos, logo no primeiro ano. Tinha uma coisa nojenta na frente, aquela feira que era só rato, era uma vergonha para uma cidade como a nossa. Hoje você passa lá tem uma pracinha bonita, é uma coisa correta, tem uma área saneada, um mercado decente para as pessoas frequentarem.

Que mensagem o senhor gostaria de mandar para os eleitores de São Luís?

Que eu sempre confiei neles e continuo confiando, porque sei que o eleitorado de São Luis é muito inteligente, é independente. Ele olha, pensa e escolhe de maneira consciente. E quero mandar um grande abraço, agradecendo pelo apoio do primeiro turno. E dizer que eu conto com eles no segundo turno, porque o que eu quero é dar continuidade a esse trabalho que nós estamos fazendo, e iniciar os novos projetos, que vamos implantar também nesse novo mandato. O eleitor complementará esse trabalho, e dará a São Luís outra imagem, de uma cidade moderna, de uma cidade com qualidade de vida melhor, enfim uma cidade que valha a pena.

O imparcial.com

 

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