Preço da gasolina deve ficar estável em 2012, diz BC

Da Folha.com

Após pressionar a alta da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2011, a gasolina deve ter o preço estabilizado em 2012, com 0% de variação, segundo previsão do Banco Central.

A informação está na ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta quinta-feira (26). O documento explica os motivos apontados pela autoridade monetária para a redução da taxa básica de juros (a Selic) de 11% para 10,5% ao ano, no último dia 18.

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De acordo com a perspectiva do Copom, em 2012 os preços da gasolina e do gás de bujão devem ficar estáveis. “Para o acumulado de 2012, foram mantidas [as projeções de reajuste] em 0%”, avalia o BC.

Em 2011, o IPCA registrou elevação de 6,5%, ante 5,91% em 2010. Os itens que mais contribuíram para a aceleração dos preços monitorados foram ônibus urbano (8,45% em 2011, ante 7,53% em 2010), gasolina (6,93% em 2011, ante 1,67% em 2010).

A alta dos combustíveis, que subiram principalmente em decorrência do aumento do etanol, tiveram como influência uma safra frustrada de cana que elevou o preço do biocombustível em 15,75% no ano e puxou para cima também o preço da gasolina (alta de 6,92%) que tem álcool em sua composição.

Também pesaram os reajustes de ônibus urbano, que alavancou a alta de 8,09% do grupo transporte (6,05%), ao lado dos combustíveis. Os ônibus subiram na esteira dos combustíveis e da maior pressão e dos salários.

Já as projeções de reajuste das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade, para o acumulado de 2012, “foram mantidas em 1,5% e 2,3%, respectivamente”.

JUROS

No documento, o comitê afirma ainda que há uma “elevada a probabilidade” de um cenário que possibilite a redução da taxa básica de juros para patamares de um dígito.

O aumento na oferta de poupança externa e a redução do seu custo de captação têm contribuído para a redução das taxas de juros domésticas, traz a ata.

O Copom considera ainda, segundo o documento, que o processo de redução dos juros foi favorecido por mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais, bem como pela geração de superavit primários.

 

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