A greve dos PMs em seis momentos

 Do blog do Itevaldo

1. O primeiro oficial a aderir ao movimento foi o coronel Ivaldo Rodrigues. Foi ele que nas reuniões orientou todos os praças a não aquartelarem – como vinha sendo planejado – porque o ato configura em crime militar, cuja conseqüência é a expulsão. Segundo Rodrigues, o ‘certo’ seria faltar o serviço porque no RDE (Regime Disciplinar do Exército) a falta é transgressão disciplinar que leva apenas a punição de detenção.

2. O coronel Francisco Melo aderiu ao movimento apenas quando foi fechada a data para a paralisação dos militares. Sobre Melo, ele disse nesse movimento que conseguiu se livrar do título que estava carregando: o de pior comandante da Polícia Militar do MA. Segundo ele, esse título agora pertence a Franklin Pachêco que conseguiu ser “tão inoperante que nem a hierarquia conseguiu impor a tropa”.

3. Sobre o RDE, estar previsto que para expulsar o militar da PM ou do Corpo de Bombeiros sem que haja qualquer processo na comissão disciplinar, é necessário que o policial ou o bombeiro falte oito serviços consecutivos sem justificativa. Fora isso, qualquer expulsão deve ser passada pela comissão disciplinar e por um julgamento com direito a ampla defesa.

4. O Comando de Operações Especiais (COE) já manifestou a intenção de ‘proteger’ qualquer colega de farda caso o Exército tente invadir a Assembleia Legislativa (o que é inconstitucional). Mas caso ocorra, os oficiais do COE já disseram no movimento que a linha de frente será feita pelos membros do comando nem que para evitar a entrada do Exército seja necessária a ‘força de fogo’.

5. Na chegada dos coronéis no domingo à noite na AL para uma reunião, eles disseram que somente iriam conversar com militares de igual patente, ou seja, Ivaldo Rodrigues. Os coronéis ouviram um sonoro ‘não’ de todos os presentes e tiveram que se contentar em conversar com o cabo Campos, três sargentos, um major, dois capitães e somente depois com o coronel Ivaldo. (O mais interessante desse ato foi que assim que os sete coronéis chegaram, chegou junto uma equipe de televisão filmando os oficiais passando por meio dos manifestantes. Segundo os grevista, eles esperavam que uma reação violenta fosse desencadeada, mas não ocorreu. As vaias foram as manifestações mais agressivas).

6. O coronel do Exército teve que ouvir questionamento de PMs sobre a preparação dos homens para fazer policiamento urbano. Pelegrino chegou a dizer que seus homens estavam preparados para guerra dentro e fora do Brasil mesmo que sejam em países de línguas que os brasileiros não entendam. Mais uma vez, o coronel foi questionado sobre a forma de abordagem principalmente pelo uso de fuzil. Peregrino disse apenas que o fuzil serve para intimidar.



1 pensou em “A greve dos PMs em seis momentos

  1. Por orientação do governo, o presidente da Assembleia legislativa, Arnaldo Melo, está boicotando as sessões, no intuito de criar um imbróglio, ou melhor, criar argumentos para uma intervenção federal solicitada pelo governo . Cuidado grevistas, o governo quer dá um golpe baixo…

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