Sarney anuncia fim de horas extras para diretores do Senado

 

Da Folha.com

Ao empossar nesta quinta-feira a nova diretora-geral do Senado, o senador José Sarney (PMDB-AP) anunciou o fim do pagamento de horas extras para os diretores da Casa. Depois da crise ética que atingiu a instituição em 2009, o peemedebista afirmou que decidiu mudar a regra uma vez que os diretores não podem autorizar o próprio pagamento de horas extras –prática comum na Casa até hoje.

“Todo funcionário que ocupar cargo de direção não tem direito a horas extras para evitar que ele com os próprios atos faça avaliações das horas que vão trabalhar”, afirmou Sarney.

Nome de confiança do peemedebista, a nova diretora-geral, Dóris Peixoto, disse que os diretores terão uma espécie de “compensação” pelas horas extras trabalhadas, sem detalhar como seria o novo formato.

Em discurso durante a cerimônia de posse, a diretora prometeu trabalhar pela transparência na Casa. “Tenho o compromisso de persistir nas reformas necessárias à modernização da gestão administrativa, na formação de nossos servidores, na eliminação da burocracia excessiva e pouco econômica, na substituição dos processos mecânicos pelos eletrônicos, na consolidação da transparência”, afirmou.

Sarney disse que o Orçamento do Senado está “equilibrado”. O peemedebista, que esteve envolvido no escândalo dos atos secretos na Casa, disse que vai determinar uma “vigilância” nos gastos da instituição em sua nova gestão no comando do Senado.

Em 2009, os ex-diretores do Senado Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi foram acusados de editar atos secretos na Casa sem publicá-los oficialmente. As denúncias resultaram no afastamento dos dois diretores, além de 11 processos contra Sarney no Conselho de Ética do Senado –todos arquivados pelo colegiado.

Apesar das acusações, Sarney foi reeleito presidente do Senado para um mandato de dois anos no início de fevereiro de 2011.

CONCURSO

Sarney também anunciou que haverá cortes no concurso que será realizado pela instituição este ano, com a previsão de 180 vagas, em consequência do contingenciamento de R$ 50 bilhões do Orçamento Geral da União. Mas não adiantou detalhes sobre as mudanças.

“Até isso do concurso nós teremos que ver diante de uma nova realidade orçamentária”, afirmou.

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