Projeto de Roberto Costa declara Madre Deus “Patrimônio Cultural Imaterial”

Foi aprovado, por unanimidade, na sessão da última segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa do Maranhão, o Projeto de Lei 105/2018, de autoria do deputado estadual Roberto Costa (MDB), que declara Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Maranhão as manifestações culturais da região da “Grande Madre Deus”.

O deputado destacou o poderio cultural do bairro. “Sabemos que a região da Madre Deus é um celeiro cultural que congrega manifestações carnavalescas e juninas, além de outros festejos e festanças. Local que serve de inspiração para poetas e compositores e é secular em sua tradição. A Madre tem o coração aberto para receber quantos a ela se dirijam para viver momentos de festa, alegria e descontração, celebrando a vida. Logo, façamos jus a esta honrosa e reconhecida homenagem”, disse o parlamentar.

Atualmente, o celeiro cultural é compreendido, além da Madre Deus, pelos bairros adjacentes Goiabal, Fonte do Bispo, Lira, Belira, Codozinho, Macaúba e outros. São 46 manifestações populares, entre elas, o Bumba Meu Boi da Madre Deus, bloco Fuzileiros da Fuzarca, escola de samba Turma do Quinto, Boizinho Barrica, bloco Bicho Terra, charanga Máquina de Descascar Alho, entre outros.

O bairro tem inúmeros festejos ao longo do ano, durante os quais as principais ruas ficam tomadas por turistas e pela população ludovicense, que veem ali uma forma  agradável e descontraída de brincar e de manifestar sua religiosidade. Os principais santos celebrados na Madre Deus são: São Sebastião, São João, São Pedro, São Roque e São Pantaleão.

Sobre a Madre Deus

A “Grande Madre Deus” está localizado a sudoeste da cidade de São Luís e surgiu, inicialmente, como “Ponta de Santo Amaro”, onde, no século XVIII, foi erguida uma ermida para “Nossa Senhora da Madre Deus, Aurora da Vida” que, por sua vez, originou a denominação atual bairro, lhe concedendo vereação em 1º de dezembro de 1713.

Com mais de três séculos de existência e constituída à margem direita do rio Bacanga, a Madredivina – que já foi colônia de pescadores, numa época em que a Companhia de Fiação e Tecidos da Cânhamo, a Companhia de Fiação e Tecelagem São Luís e a própria pesca geravam as únicas fontes de recursos necessários à sobrevivência das famílias que ali residiam – guarda em páginas históricas, costumes, e tradições que corroboram a sua existência enquanto pátria por demais generosa, que, de tantos artistas e consequentes formas expressivas de demonstrar a sabedoria criativa, foi parturiente e os embalou até os dias de hoje.

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