Do Bog do Gilberto Léda
O governador Flávio Dino (PCdoB) já armou sua estratégia de alianças nacionais para 2018: vai tentar repetir 2014 e fingir que apoiará três candidatos a presidente.
Vai tentar enganar três presidenciáveis, eis a verdade.
Durante entrevista à Folha – que acabou virando motivo de piada (reveja) -, o comunista saiu-se com essa: “Há a compreensão de que, no Maranhão, pelo sarneysismo, precisamos fazer uma aliança ampla, palanque aberto. Ainda tem o Ciro Gomes, o PDT é um aliado nosso. Os três têm suas virtudes. Não posso dizer em quem vou votar por que dá ciúmes”.
Ao citar “os três”, Dino referia-se, ainda, a Manuela D’Avila, pré-candidata do PCdoB; e ao ex-presidente Lula, do PT. Mas não diz em quem votará.
“Não posso dizer em quem eu vou votar porque dá ciúme”, comentou, quando foi quase alertado pela repórter.
A declaração chamou da jornalista Thais Bilenky, que esteve no Maranhão para entrevistá-lo. Ela chamou a atenção do governador.
“Não vai votar no seu partido?”, questionou.
Dino corrigiu-se: “Se Manuela estiver na urna, voto nela, claro”.
Em 2014 foi assim…
A estratégia de Flávio Dino para 2018 é igual à de 2014.
Naquele ano, o comunista fingiu apoiar Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), mas votou mesmo foi em Dilma Rousseff (PT).
A postura acabou atraindo a ira dos tucanos, que tinham indicado o vice na chapa do atual governador – por causa disso, também, Dino acabou perdendo recentemente o PSDB para o senador Roberto Rocha.
E sua aliança com o PSB está por um fio.
Diria um amigo da Baixada: “esse é o mau do esperto”.